1894 - Chega ao Couço o professor primário Dinis Caiado, personalidade importante na alfabetização da população do Couço. Dinis Caiado cria a academia «MOCIDADE DO COUÇO» o que possibilitou à população mais humilde o acesso à instrução.
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1933 - Em Junho deste ano surgem as primeiras prisões políticas, resultado da luta na praça de jorna por melhores salários para as ceifas.
Rodeados por uma escolta de GNRs a cavalo, onze operários agrícolas foram levados, a pé, para as cadeias de Santarém.
A luta torna-se mais segura e firme e os seus objectivos mais amplos e definidos.
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1942 - Duas mil pessoas, arriscando a liberdade, protestam nas ruas do Couço contra o envio de géneros para a força militar nazi, através do regime de Espanha, enquanto o povo português passava fome.
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1943 - Em Janeiro deste ano um PIDE disfarçado de cauteleiro contacta alguns jovens convidando-os a filiarem-se no PCP. Dias depois quatro desses jovens são presos.
Em conjunto com os operários agrícolas do Alentejo, os trabalhadores do Couço participam intensamente em importantes lutas sob a direcção do partido comunista que aumenta a sua influência, cresce e reforça-se.
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1947 - Foram presos em Junho de 47 vários membros do comité local, sub-regional e regional do PCP que foram réus no maior julgamento realizado no país - o célebre processo dos 108. Só em 1955 saiu da prisão o último prisioneiro deste grupo.
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1958 - Realiza-se uma sessão pública organizada pelos apoiantes de Arlindo Vicente e teve, entre outros oradores, Orlando Gonçalves e Hélder Machaqueiro.
No dia 8 de Junho de 1958, 80% da população do Couço votava no General Sem Medo.
Mas, o regime tomara, as suas precauções e as chamadas eleições constituíram uma monumental burla.
Em todo país desenvolvem-se múltiplas e variadas acções de protesto contra a fraude eleitoral.
No Couço, num trabalho intenso com reuniões no campo prepara-se a resposta à prepotência do regime. Com adesão total, no dia 23 de Junho de 1958 os trabalhadores do Couço declaram greve.
A repressão foi imediata. Nesse mesmo dia quatro trabalhadores são presos no posto da GNR.
O povo reage, cerca o posto e exige a libertação dos presos.
Guardas e pides tentam pedir reforços para Coruche, Santarém e Évora, mas os telefones haviam sido cortados, e, assim, são obrigados a libertar os prisioneiros.
No dia seguinte esta vila é ocupada por trezentos GNRs. As prisões e os espancamentos atingem centenas de pessoas, mas a PIDE não consegue aquilo que pretendia - descobrir os chefes do movimento.
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1960 - Nova ofensiva da polícia leva a uma vaga de prisões. Vários jovens e mais de duas dezenas de militantes sofrem nas prisões da PIDE, as mais horríveis torturas.
Mas, apesar disso e contra tudo, o 1º de Maio de 1960 é comemorado com entusiasmo por centenas de trabalhadores que se reúnem e confraternizam num piquenique.
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1962 - Nos meses de Abril e Maio, o povo trabalhador do Couço alcança uma memorável vitória a conquista, pela primeira vez, da jornada de 8 horas de trabalho.
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3 comentários:
Uma ligeira correcção, Pedro: a sessão eleitoral de 1958 não contou com a presença de Humberto Delgado (que, aliás, e tanto quanto sei, nunca esteve no Couço). A sessão que referes - e que decorreu como dizes - foi organizada pelos apoiantes de Arlindo Vicente e teve, entre outros oradores, Orlando Gonçalves e Helder Machaqueiro.
Um abraço amigo.
Obrigado, pela correção.
Um abraço
Pedro lapsos acontecem!
Couço, grande povo!
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