- Tortura é política de Estado
Paralelamente ao destino dos ex-deputados, várias organizações de direitos humanos confirmaram que a tortura é política de Estado na Colômbia.No dia Internacional de Apoio às Vítimas de Tortura, uma dezena de ONG’s e comités de solidariedade com os presos políticos denunciaram, em Bogotá, que as autoridades «utilizam cada vez mais a tortura como um mecanismo de investigação», sobretudo tendo como alvos dirigentes e activistas políticos, sindicais e estudantis.As organizações apresentaram à imprensa cerca de 40 casos de entre os muitos documentados nos respectivos arquivos. Estima-se que apenas 30 por cento dos episódios de tortura acabem por ser denunciados.
- Empresa matou três sindicalistas
Entretanto, nos EUA, inicia-se o julgamento da norte-americana de extracção de carvão Drummond, responsável pela morte de três dirigentes sindicais, em 2001 no Norte da Colômbia.Testemunhos de trabalhadores e de um ex-membro da segurança da companhia admitiram recentemente que a Drummond fornecia combustível às Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC), e ex-paramiliatres detidos confirmaram que pagamentos desse tipo eram feitos a troco de «protecção» contra militantes e activistas de esquerda, como Valmore Locarno, Víctor Hugo Orcasita e Gustavo Soler.Recentemente, a Drummond negou perante a justiça norte-americana qualquer das acusações, postura igualmente assumida pela multinacional Chiquita num processo idêntico relativo ao financiamento dos paramilitares, mas que não livrou a empresa bananeira de uma multa de 25 milhões de dólares aplicada pelo juiz.
In Avante, Nº 1753 05.Julho.2007
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