terça-feira, 31 de julho de 2007
COUÇO_ A luta de um Povo Heróico!
segunda-feira, 30 de julho de 2007
Busto do Major Luiz Alberto de Oliveira - Perguntas de um Operário Letrado
"Será chegado o dia, em que todos, a bem da Nação, teremos de contribuir para a mudança que cada vez mais se exige."
"Foi isso que Luiz Alberto de Oliveira fez há mais de sessenta anos, revolucionando as condições de vida em Coruche com infraestruturas que ainda hoje usamos"
Perguntas de um Operário Letrado (ao supracitado Director)
Quem construiu Tebas, a das sete portas?
Nos livros vem o nome dos reis,
Mas foram os reis que transportaram as pedras?
Babilónia, tantas vezes destruida,
Quem outras tantas a reconstruiu? Em que casas
Da Lima Dourada moravam seus obreiros?
No dia em que ficou pronta a Muralha da China para onde
Foram os seus pedreiros? A grande Roma
Está cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem
Triunfaram os Césares? A tão cantada Bizâncio
Sò tinha palácios
Para os seus habitantes? Até a legendária Atlântida
Na noite em que o mar a engoliu
Viu afogados gritar por seus escravos.
O jovem Alexandre conquistou as Indias
Sózinho?
César venceu os gauleses.
Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço?
Quando a sua armada se afundou Filipe de Espanha
Chorou. E ninguém mais?
Frederico II ganhou a guerra dos sete anos
Quem mais a ganhou?
Em cada página uma vitòria.
Quem cozinhava os festins?
Em cada década um grande homem.
Quem pagava as despesas?
Tantas histórias
Quantas perguntas
sexta-feira, 27 de julho de 2007
Dá que Pensar!
quinta-feira, 26 de julho de 2007
Mendes! (parte II)
Não vê, que está a ofender, a desrespeitar a memoria daqueles que já não estão entre nós e a humilhar aqueles, felizmente ainda vivos, que lutaram pela liberdade, pela democracia, contra o fascismo que por isso passaram anos e anos nas prisões, onde foram torturados, feridos na sua dignidade de seres humanos pelos seguidores e correlegionários daquele que o senhor admite hoje homenagear.
Acha digno? Como Presidente da Câmara?
Eis os nomes de alguns Grandes Lutadores Coruchenses, contra o fascismo, que com a sua luta contribuíram decisivamente para a construção do regime democrático em que hoje vivemos.
O senhor é de História! Respeite-os!
João Camilo Pereira Rosa
António Camilo
Joaquim Castanhas
Joaquim Claudino
Isidro Fino Henriques
João Pedro Marrafa
Manuel Gil Nunes
José dos Santos Lopes
Maria Guilhermina Galveias
Maria da Conceição Figueiredo
Maria Rosa Viseu
Joaquim António de Oliveira
António Amâncio
Jerónimo Bom
Graciete Casanova
Domingues Catarino
António Caetano
Manuel Joaquim Brás
Joaquim José Dias
Diamantino Marques Ramalho
Joaquim Henrique dos Santos (Joaquim Gafaniz)
Arménio Marques Gil
Olímpia Brás
Maria Madalena
António Oliveira
Luís Firmino
Francisco Firmino Galvão
José Vicente Henriques
José Casanova
(só para citar alguns.)
Estes sim, devem merecer o nosso respeito e gratidão pela luta que travaram dando tudo de si, por vezes até a vida, sem receber nada em troca. E a melhor homenagem que o senhor lhes pode prestar enquanto Presidente da Câmara é não alinhar no branqueamento de figuras do regime de Salazar.
Este sim merecia ter um Busto! FRENTE À CÂMARA DE CORUCHE
Trabalhador rural de Coruche, Manuel Ferreira Quartel é contemporâneo do nascimento e agonia da I República e, obviamente, da ascensão e queda do sindicalismo revolucionário em Portugal.
Fundador e dirigente da Associação de Classe dos Trabalhadores Rurais de Coruche, da Cooperativa “A Solidária” e da “Caixa Mutualista”; fundador e dirigente da Federação Nacional dos Trabalhadores Rurais; Fundador e Dirigente do Partido Comunista Português, Ferreira Quartel foi um dos mais destacados sindicalistas portugueses durante a I República.
Os seus contemporâneos dizem-no de trato afável, sensato, expondo com clareza e simplicidade, a que não faltava uma certa ironia. Num país em que a taxa de analfabetismo era em 1911 de 75,1% (no distrito de Santarém era de 79.9%), mais elevada ainda no campo, saber ler e escrever era uma raridade. Ferreira Quartel fazia parte dessa minoria letrada. Escreve, e escreve muito, colaborando quer nos órgãos sindicais, como O Trabalhador Rural, O Sindicalista, A Internacional, quer nos órgãos político – ideológico, como o Germinal, Anarquista de Setúbal, A Aurora, Anarquista do Porto, O Comunista, órgão central do PCP.
O tema principal dos seus escritos é a “Questão Agrária” e a organização sindical dos trabalhadores rurais. Dentro do Movimento Sindical e do PCP ele tornou-se um especialista nesta matéria.
Manuel Ferreira Quartel funda a Associação dos Trabalhadores Rurais de Coruche logo após a implementação da I República (5 de Outubro de 1910), mais precisamente em 1 de Janeiro de 1911. A Associação englobava os trabalhadores rurais não só da vila, mas também dos povo vizinhos, como Erra, Santa Ana, Azervadinha, Biscainho, Fajarda e Valverde. A sede era na vila, assim como a da Cooperativa, e tinha secções na Erra, Couço e Lamarosa. Iniciada com 300 associados, em breve a Associação atingiu os 600 sócios.
Em Julho de 1911 Ferreira Quartel dirige a primeira greve dos trabalhadores rurais de Coruche, os quais conseguem não só um acentuada elevação dos seus magros salários, como também a regulamentação do horário de trabalho.
No ano seguinte Ferreira Quartel funda a Cooperativa “A Solitária” e a “Caixa Mutualista”, para prestar auxílio aos seus associados em caso de doença, desemprego ou prisão. E em Julho desse mesmo ano encabeça a mais importante greve, colocando os rurais de Coruche na vanguarda das lutas dos Trabalhadores agrícolas de então.
Em Agosto participa e preside ao I Congresso Nacional dos Trabalhadores Rurais, que tem lugar em Évora, e onde é constituída a Federação Nacional dos Trabalhadores Rurais.
A sua acção e a actividade da Associação despertam a ira das autoridades republicanas que, em 1913, encerram a Associação e prendem 30 trabalhadores rurais, que são encarcerados na cadeia do Limoeiro, em Lisboa, onde são mantidos durante quatro meses sem culpa formada. A seguir é preso Manuel Ferreira Quartel. Levado para o Governo Civil de Santarém, ali é mantido incomunicável 27 dias. Depois é transferido para o Governo Civil de Lisboa, onde permanece mais 18 dias, findos os quais é removido para a cadeia do Limoeiro.
Libertado, Ferreira Quartel retoma o seu lugar na Associação e na Federação, participando no seu II Congresso (Évora, 1913), no III Congresso (Lisboa, 1919), onde apresenta a tese Cooperativismo na Classe Rural. Entretanto, representa a Federação em vários congressos operários nacionais e estrangeiro.
Depois do golpe de Estado de Sidónio Pais (1917) Ferreira Quartel fixa-se em Lisboa, passando a trabalhar no Asilo situado onde é hoje o Hospital dos Capuchos, que era então dirigido pelo seu amido Dr. Sobral Campos.
Manuel Ferreira Quartel é um dos fundadores do PCP em 1921 e activo partidário da Internacional Sindical Vermelha (ISV), cuja sede era em Moscovo. Participa no I Congresso do PCP (Novembro de 1923), intervindo nos debates sobre a tese “A Questão Agrária”, onde abordou a experiência de exploração colectiva da terra de Coruche. Além disso, dá um apoio decisivo ao ressurgimento da Associação de Classe dos Trabalhadores Rurais de Coruche, apesar de estar em Lisboa, e é por eles nomeado seu delegado no III Congresso Nacional Operário (Covilhã, 1922), onde defende as teses da ISV.
Ferreira Quartel tem também um importante papel no apoio aos sindicatos rurais (associações de classe, como era então designadas os sindicatos) que iam optando pelo ISV, como foi o caso de Coruche, Beja e Vale de Vargo. Foi membro da Comissão Central do PCP e seu secretário interino, quando Carlos Rates, secretário-geral do PCP, abandonou o Lugar. Foi candidato a deputado pelo PCP nas eleições de 1925 pelo círculo de Beja.
...
Eis a biografia de um Ilustre Coruchense este Sim merecia ter um Busto! Frente à Câmara de Coruche.
quarta-feira, 25 de julho de 2007
BREJEIRICES DIZ PERSAS (1)
Na passada edição de 26 de Dezembro de 1994 de “O Sorraia”, a notícia que figurava na última página sob o título DEPÓSITO DA FAJARDA e, nomeadamente, o parágrafo onde se afirmava: “sexta-feira, dia 16 de Dezembro, a água começou a correr nas traseiras, vinda do tão esperado depósito.”, provocou uma vaga de reacções em catadupa.
Fosse aquele quinzenário regionalista um órgão em que os leitores se confrontassem com gralhas constantes nas suas páginas, e tal notícia não teria passado de uma pequena tempestade num copo de água; apenas se diria que “O Sorraia” tinha metido água uma vez mais, trocando torneiras por traseiras.
Mas como aquele jornal já habituou os seus leitores, fiéis como uma onda, a uma escrita impoluta, ausente de erros, inexactidões ou aleivosias, em suma, uma escrita de primeira água, tal notícia, a uns, deu água pela barba, enquanto que, a outros, fez ferver em pouca água.
Agora que as água estão mais calmas já podemos, serenamente, dar conta das reacções mais díspares provocadas pela referida notícia, certos de que muita água vai ainda correr sob as pontes.
Quando, ao questionarmos o Chefe de Redacção, este sacudiu a água do capote, vimos logo que o caso trazia água no bico.
De resto, uma importante testemunha da Fajarda, pessoa proba, asseverou-nos que ao longo das semanas anteriores tinha realmente estranhado ver, pela calada da noite, furtivamente colados às empresas posteriores das casas da povoação, grupos de trabalhadores municipais transportando compridos tubos de polietileno, não apercebendo então qual seria o seu objectivo.
Assim, mal aquele periódico apareceu nas bancas, àqueles que andavam sem desejosos de que os serviços municipais ponham a pata na poça, cresceu-lhes a água na boca.
Um indivíduo que estava a mudar a água às azeitonas disse logo: temos o caldo entornado!
Quando inquirimos aquele velho alquilador fajardense, o homem deu com os burrinhos na água e apenas comentou: p`ra trás mija a burra!
Perguntada a sua opinião, aquela bicha bem conhecida, respondeu toda enlevada: Ai, nas traseiras acho o máximo!
Aquele moleiro, quando o questionámos sobre a matéria, mostrou-se radiante e afirmou estar satisfeito pois agora já podia levar a água ao seu moinho. Membros de uma família coruchense, de apelido bem conhecido e popular, sustentaram que tudo iria ficar em águas de Bacalhau. Entretanto, o júbilo foi patente nos habitantes da Fajarda Norte que, como é sabido, sempre olharam de frente a rede de água da Fajarda Sul. Até a homilia de Natal, em que muitos fieis julgaram vislumbrar uma alusão velada ao acontecimento, foi baseada na célebre frase – NUNC EST BIBENDUM – que Jesus da Nazaré terá proferido na Última Ceia. Depois de muita insistência da oposição para que o assunto fosse esclarecido publicamente, um antigo membro de executivo municipal respondeu peremptório e definitivo: O que é importante é que os senhores munícipes vejam as suas necessidades básicas satisfeitas. Pela frente, ou pelas traseiras, tanto importa! Um responsável local do PS, conhecido pelo seu temperamento irascível e por uma certa rudeza, ao ser abordado sobre o assunto por um antigo candidato independente por aquela força política à presidência da Câmara, respondeu-lhe abruptamente, com grosseria, como é seu timbre: Na P…., senhor Almeida!
De antigos membros dissidentes da Comissão Coordenadora da CDU, respigamos do seu comunicado público, a seguinte frase: “…já estamos habituados a que façam tudo nas nossas costas!” Da proclamação do protesto do PSD transcrevemos: “…tanto mais que o PSD chamou atempadamente a atenção da Câmara Municipal para que, com tal procedimento, estaríamos a comprometer a modernização do Concelho, permanecendo na cauda da Europa”. O PCP veio terreiro afirmar que “A água a correr nas traseiras é mais uma prova da transparência clara da política municipal e mais uma prova da confiança no futuro através de uma gestão democrática rumo aos quintais, até à rede de abastecimento público final”.
Mas da disparidade destas reacções, nota mais emotiva que há-de permanecer na memória, foi quando àquela velhinha – que toda a vida carregara para casa, ajoujada, as cantaras de água do poço do quintal – ao abrir pela primeira vez a torneira, se lhe arrasaram os olhos de água
Expessão latina que pode ser traduzida livremente por: Agora é hora de beber.
terça-feira, 24 de julho de 2007
domingo, 22 de julho de 2007
As privatizações agravaram o défice orçamental.
sábado, 21 de julho de 2007
Actividades (será que são levadas a sério?)
quinta-feira, 19 de julho de 2007
Movimento e-Coruche "Upgrade Tecnológico"
terça-feira, 17 de julho de 2007
Profissão: bufo
Ora Toma!
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"Curtas" Lisboa
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Ruben de Carvalho vê recompensada com uma excelente votação, a sua boa campanha mas, acima de tudo, a competência que demonstrou no desempenho das suas funções camarárias.
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Carmona varre PSD.
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A insignificância dos resultados dos grupúsculos reduziu-os ao que eles realmente são. Cai por terra a ideia do extremismo de direita em suposta "força" na metrópole.
domingo, 15 de julho de 2007
Eleições para Lisboa
O socialista António Costa ganhou as eleições intercalares para a Câmara Municipal de Lisboa (CML), mas sem maioria absoluta, garantindo seis dos 17 mandatos em jogo, correspondentes a 29,54 por cento dos votos.
Num sufrágio marcado pela forte abstenção, o independente Carmona Rodrigues, ex-presidente da CML, então apoiado pelo Partido Social Democrata, garantiu três lugares na vereação, com 16,70 por cento, suplantando mesmo a candidatura social-democrata, encabeçada por Fernando Negrão, que se ficou pelos 15,74, embora elegendo também três vereadores.
A outra independente entre as 12 listas candidatas, a ex-socialista Helena Roseta, conseguiu dois mandatos, com 10,21 por cento, à frente da Coligação Democrática Unitária, liderada por Ruben de Carvalho e agregando o Partido Comunista Português e o Partido Ecologista "Os Verdes", que obteve 9,53 por cento e também dois postos na vereação.
No sexto lugar, conseguindo a reeleição para o lugar de vereador, surge José Sá Fernandes, do Bloco de Esquerda, com 6,81 por cento, enquanto o democrata-cristão Telmo Correia falhou a eleição, ficando-se pelos 3,70 por cento, seguido pelo cabeça-de-lista do PCTP/MRPP, Garcia Pereira, que atingiu 1,59.
As restantes listas, do Partido Nacional Renovador (0,77), do Partido Nova Democracia (0,61), do Movimento Partido da Terra (0,54) e do Partido Popular Monárquico (0,38), ficaram abaixo de um por cento de votos, enquanto os votos em branco ascenderam aos 2,31 por cento e os nulos cifraram-se em 1,53.
As eleições foram convocadas na sequência da "queda" do executivo municipal de Carmona Rodrigues, após o ex-edil lisboeta ter sido constituído arguido no denominado caso Bragaparques.
© 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.2007-07-15 22:20:01
Em Portugal houve fascismo!
- Reprimir as «criaturas sinistras»
quinta-feira, 12 de julho de 2007
O apertar do cerco
Mendes!
quarta-feira, 11 de julho de 2007
Aquilino, a escrita em acção
20 de Março de 2007, A Assembleia da República decide homenagear a sua memória e conceder aos seus restos mortais as honras de Panteão Nacional.
Aquilino, a escrita em acção
- Contos:
A Filha do Jardineiro (1907);
Jardim das Tormentas (1913);
Estrada de Santiago, onde se inclui o Malhadinhas (1922);
Quando ao Gavião Cai a Pena (1935);
Arca de Noé I, II e III (todos de 1963);
- Romances e novelas:
A Via Sinuosa (1918);
Terras do Demo (1919);
Filhas da Babilónia (1920);
Andam Faunos pelos Bosques (1926);
O Homem Que Matou o Diabo (1930);
A Batalha sem Fim (1932);
As Três Mulheres de Sansão (1932);
Maria Benigna (1933);
Aventura Maravilhosa (1936);
S. Bonaboião, Anacoreta e Mártir (1937);
Mónica (1939);
O Servo de Deus e a Casa Roubada (1941);
Volfrâmio (1943);
Lápides Partidas (1945);
Caminhos Errados (1947);
O Arcanjo Negro (1947);
Cinco Réis de Gente (1948);
A Casa Grande de Romarigães (1957);
Quando os Lobos Uivam (1958);
O Romance da Raposa (1959).
Casa do Escorpião (1963);
"que o escritor realize o mundo de beleza que traz em si, e já é alguma coisa. Quanto ao mais, que seja o que lhe apetecer, desde que não arme em fariseu, e não esteja nunca contra os simples, de braço dado com os trafulhas, nem contra os fracos de braço dado com os poderosos."
A História
terça-feira, 10 de julho de 2007
Colômbia: FARC-EP indicam culpados
- Tortura é política de Estado
Paralelamente ao destino dos ex-deputados, várias organizações de direitos humanos confirmaram que a tortura é política de Estado na Colômbia.No dia Internacional de Apoio às Vítimas de Tortura, uma dezena de ONG’s e comités de solidariedade com os presos políticos denunciaram, em Bogotá, que as autoridades «utilizam cada vez mais a tortura como um mecanismo de investigação», sobretudo tendo como alvos dirigentes e activistas políticos, sindicais e estudantis.As organizações apresentaram à imprensa cerca de 40 casos de entre os muitos documentados nos respectivos arquivos. Estima-se que apenas 30 por cento dos episódios de tortura acabem por ser denunciados.
- Empresa matou três sindicalistas
Entretanto, nos EUA, inicia-se o julgamento da norte-americana de extracção de carvão Drummond, responsável pela morte de três dirigentes sindicais, em 2001 no Norte da Colômbia.Testemunhos de trabalhadores e de um ex-membro da segurança da companhia admitiram recentemente que a Drummond fornecia combustível às Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC), e ex-paramiliatres detidos confirmaram que pagamentos desse tipo eram feitos a troco de «protecção» contra militantes e activistas de esquerda, como Valmore Locarno, Víctor Hugo Orcasita e Gustavo Soler.Recentemente, a Drummond negou perante a justiça norte-americana qualquer das acusações, postura igualmente assumida pela multinacional Chiquita num processo idêntico relativo ao financiamento dos paramilitares, mas que não livrou a empresa bananeira de uma multa de 25 milhões de dólares aplicada pelo juiz.
In Avante, Nº 1753 05.Julho.2007