"O que diferencia «uma mudança reformista» de «uma mudança não reformista» num regime político, é que no primeiro caso o poder continua fundamentalmente nas mãos da antiga classe dominante e que no segundo o poder passa das mãos dessa classe para uma nova."

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A Associação de Solidariedade Social da Fajarda tem mel?




Porque será que a D. Zulmira, Presidente da Assembleia, e o marido, Presidente da Direcção estão tão agarrados aos lugares?

Havendo outra equipa de fajardenses com provas dadas, disponível para assumir a responsabilidade da gestão da associação, porquê tanto empenho da D. Zulmira e seu marido em se manterem à frente da associação? Não é estranho?

Ainda por cima, violando os estatutos da associação e das IPSS, que claramente estipulam que só pode haver lugar ao exercício de dois mandatos consecutivos.



Haverá mel na associação?


Aguardemos os próximos episódios…

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Tempo de Antena do PCP

No último ano, as condições de vida dos trabalhadores e do Povo português agravaram-se. Milhares de trabalhadores foram empurrados para o desemprego e a pobreza, o subsídio de Natal foi roubado, os salários reduzidos, serviços públicos encerrados, o custo de vida aumentou. No tempo de antena exibido hoje na RTP1, o PCP afirma que é cada vez mais evidente que a solução para a crise é o caminho de democracia e socialismo para Portugal.


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Comparações


Gaba-se D. Mendes que, com a sua gestão a Câmara de Coruche gasta menos dinheiro no pagamento de horas extraordinárias que em 2001 quando a CDU geria o Município.

A este propósito convém ter presente o seguinte:

- Em 2001, no essencial, as obras, a vigilância das instalações municipais, as refeições nas escolas, o piquete permanente de águas e saneamento, etc. eram serviços assegurados pelo município, hoje, estes serviços são pagos a empresas exteriores à câmara, logo não há lugar ao pagamento de trabalho extraordinário por parte do município.

Mas já que fala em comparações e poupança, porque não compara o que hoje é pago em "ajudas de custo" ao presidente Mendes com o que recebia em 2001 o presidente Brandão (CDU) !?!


  • Já agora, seria bom que o Mendes divulgasse também quantos milhares de euros ficaram por pagar aos trabalhadores da câmara em horas extraordinárias, vá diga!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Até quando os vamos "aguentar" !?!


Para 2012, a câmara socialista de Coruche, sempre sensível as dificuldades dos coruchenses prepara já algumas medidas de grande alcance social, tendentes a amenizar a vida dos coruchenses, que como todos os Portugueses em geral sofrem na pele as brutais medidas de austeridade impostas pela TROIKA estrangeira e nacional.

Eis alguns exemplos da sensibilidade social dos SOCIALISTAS:
  • As tarifas da água e do saneamento ("só") vão aumentar 12.5%.
  • A verba destinada às bolsas de estudo ("só") decresce 42%
  • O projecto de "divulgação e promoção do património“ ("só") terá uma dotação de 130.000 Euros (era de 20.000 Euros em 2011)


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Lavar as mãos como Pilatos


Perante dezenas de moradores de Santa Justa (Couço) que ontem estiveram na reunião pública da Câmara de Coruche a reclamar do Presidente a tomada de medidas urgentes para solucionar os problemas estruturais da ponte (recorde-se que a circulação está proibida a veículos com mais de 3,5T) que liga aquela localidade à vila do Couço.
Este visivelmente agastado limitou-se a sacudir responsabilidades, endossando para outras entidades o ónus do problema.

Apesar de já conhecerem o estilo, os presentes, esperavam outro acolhimento às suas preocupações. O gesto do Edil ficará registado e a população de Santa Justa vai continuar a lutar até que os problemas da ponte sejam resolvidos, pois, os prejuízos para a economia local resultantes do condicionamento na travessia da ponte, são já bastante avultados.

Esta atitude de D. Mendes comprova a sua insensibilidade para com os reais problemas das populações e do concelho.


A sua prioridade é mais "festas e novelas”!

Declaração de Jerónimo de Sousa sobre a Greve Geral

GREVE GERAL





sábado, 19 de novembro de 2011

Excerto de entrevista a José Afonso - 1984

EFICÁCIA

Um comunista nunca fala de ódio.
Palavras que não leva para casa:
vingança, violência, lucro, promoção,
destruição, solidão, desprezo, ira.

Por simples eficácia:
nada de peso inútil sobre os ombros.


Mário Castrim

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Por tempo indeterminado

A União Europeia tem sido construída, do início até agora, num processo de permanentes atropelos aos princípios democráticos e no qual os povos não são ouvidos nem achados para nada.

Melhor dizendo: se os povos estiverem predispostos a dizer «sim» aos intentos dos «construtores», tudo bem: vamos lá ouvi-los e decidir «democraticamente»...; se há indícios, ainda que ténues, de a resposta ser um «não», aí a coisa fia mais fino e então os «construtores» avançam sem ouvir ninguém –

Lembramo-nos do que aconteceu com o Tratado Porreiro, pá!: quando se pensava que toda a gente o iria aprovar e aplaudir, todos os «construtores» juravam que ia haver referendo – «para que fosse dada a palavra ao povo», «para que o povo expressasse democraticamente a sua opinião»:blá-blá-blá…

Contudo, mal se aperceberam que as coisas podiam dar para o torto – isto é que os povos talvez votassem «não» – meteram os travões às quatro rodas e… não há referendo para ninguém.

Porquê? Eles, desavergonhadamente, confessavam: «porque o “não» vai vencer»…

E o Tratado foi aprovado… «democraticamente» – a confirmar que para estes «democratas», eleições sim, mas só se tiverem a vitória previamente assegurada.

Exemplos semelhantes de desrespeito e afronta à democracia há-os aos centos, para todos os gostos e feitios e capazes de agradar a todos.

E, sendo a União Europeia um projecto todo concebido e executado à medida exacta dos interesses do grande capital, não só não surpreende que assim seja, como é mister dizer-se que de outra forma não poderia ser.

Agora, com a «crise», estes «democratas» estão a exibir uma nova faceta do seu conceito de «democracia»: a Grécia bateu no fundo?: pronto: os «construtores» ordenam que se forme um novo governo para o qual designam, desde logo, um primeiro-ministro escolhido por eles; a Itália está a afundar-se?: pronto: aí está um primeiro-ministro da confiança dos «construtores» pronto para a função – e mais o que adiante se verá…

E o tão badalado «sufrágio universal, pilar da democracia»?

Bom, esse, para já, fica de molho. Por tempo indeterminado.

Contra a exploração e o empobrecimento!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

ENTRE_SONS (91)

Três Cantos - "Eu Vi Este Povo A Lutar"

Entrevista a Luís Bento, professor da Universidade Autónoma de Lisboa



«Luís Bento classifica como “um perfeito disparate” a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2012, porque aprofunda o empobrecimento do país e não dá esperança.  (...) considera ser perigoso a falta de perspetivas e estímulo ao desenvolvimento económico.» Antena 1


segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A coisa Berlusconi

Não vejo que outro nome lhe poderia dar. Uma coisa perigosamente parecida a um ser humano, uma coisa que dá festas, organiza orgias e manda num país chamado Itália. Esta coisa, esta doença, este vírus ameaça ser a causa da morte moral do país de Verdi se um vómito profundo não conseguir arrancá-la da consciência dos italianos antes que o veneno acabe por corroer-lhes as veias e destroçar o coração de uma das mais ricas culturas europeias. Os valores básicos da convivência humana são espezinhados todos os dias pelas patas viscosas da coisa Berlusconi que, entre os seus múltiplos talentos, tem uma habilidade funambulesca para abusar das palavras, pervertendo-lhes a intenção e o sentido, como é o caso do Pólo da Liberdade, que assim se chama o partido com que assaltou o poder. Chamei delinquente a esta coisa e não me arrependo. Por razões de natureza semântica e social que outros poderão explicar melhor que eu, o termo delinquente tem em Itália uma carga negativa muito mais forte que em qualquer outro idioma falado na Europa. Foi para traduzir de forma clara e contundente o que penso da coisa Berlusconi que utilizei o termo na acepção que a língua de Dante lhe vem dando habitualmente, embora seja mais do que duvidoso que Dante o tenha utilizado alguma vez. Delinquência, no meu português, significa, de acordo com os dicionários e a prática corrente da comunicação, “acto de cometer delitos, desobedecer a leis ou a padrões morais”. A definição assenta na coisa Berlusconi sem uma prega, sem uma ruga, a ponto de se parecer mais a uma segunda pele que à roupa que se põe em cima. Desde há anos que a coisa Berlusconi tem vindo a cometer delitos de variável mas sempre demonstrada gravidade. Além disso, não só tem desobedecido a leis como, pior ainda, as tem mandado fabricar para salvaguarda dos seus interesses públicos e particulares, de político, empresário e acompanhante de menores, e quanto aos padrões morais, nem vale a pena falar, não há quem não saiba em Itália e no mundo que a coisa Berlusconi há muito tempo que caiu na mais completa abjecção. Este é o primeiro-ministro italiano, esta é a coisa que o povo italiano por duas vezes elegeu para que lhe servisse de modelo, este é o caminho da ruína para onde estão a ser levados por arrastamento os valores que liberdade e dignidade impregnaram a música de Verdi e a acção política de Garibaldi, esses que fizeram da Itália do século XIX, durante a luta pela unificação, um guia espiritual da Europa e dos europeus. É isso que a coisa Berlusconi quer lançar para o caixote do lixo da História. Vão os italianos permiti-lo?


sábado, 12 de novembro de 2011

Mais de 180 mil trabalhadores da Administração Pública manifestam-se contra o roubo dos salários e direitos


Mais de 180 mil trabalhadores da Administração Pública manifestaram-se, esta tarde, em Lisboa, contra o corte nos subsídios de férias e de Natal na função pública, contra a ofensiva de destruição dos serviços públicos e das funções sociais do Estado. 

Os trabalhadores da administração pública demonstraram, mais uma vez, estarem na luta contra o pacto de agressão e que o êxito desta acção é um bom indicador para o sucesso da Greve Geral de 24 de Novembro.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Lembrar Álvaro Cunhal, é preciso! E Hoje faz todo o Sentido!

Arre... Assim é Demais!


Ontem na reunião da Câmara D. Mendes e seus "ajudantes" fizeram aprovar mais uma alteração ao "Mapa de pessoal" da CMC, criando mais um lugar de "técnico superior" para integrar o "Gabinete de Comunicação e Imagem" (ou seja Gabinete de Propaganda). 

Os vereadores da CDU bem tentaram chamar à razão a Maioria PS, mas sem sucesso.

D. Mendes argumentou que "a Câmara de Coruche tem uma boa situação financeira e é preciso continuar a investir na promoção de Coruche".

É triste, mas são os governantes locais que temos, mesmo em tempo de grave crise o que os preocupa é "a imagem, a propaganda e as futilidades”.

Cá para mim, as verdadeiras razões que levam á criação de mais este "tacho" prendem-se sobretudo com a intenção de assegurar um lugar para o famoso "director de informação" ou para a “jovem promessa avençada”, antes que seja tarde de mais.     
          

São comportamentos indecentes e imorais como este que dão ao Governo da Direita trunfos para atacar o Poder Local Democrático. 

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

7 de Novembro de 1917 - "Revolução de Outubro"

"O bolchevique" - Boris Mikhailovich Kustodiev (1920)

94 Anos - Revolução de Outubro: só com o socialismo é possível um mundo melhor!


(vídeo que assinalou os 90 anos da Revolução Outubro)

Alfonso Cano, Herói da Colômbia


Alfonso Cano, comandante-chefe das Forças Armadas Revolucionarias da Colombia caiu combatendo no dia 4 de Novembro.
Alfonso Cano bateu-se pela libertação da Colombia durante mais de quatro décadas. De origem burguesa, rompeu com sua classe na Universidade de Bogotá quando estudava Antropologia. Dirigente da Juventude comunista conquistou ali o respeito de professores e colegas pelo seu talento, cultura e firmeza de carácter. Era um intelectual brilhante que tinha dos clássicos do marxismo e da História do seu país um conhecimento profundo quando aderiu às FARC.
Terá sido com Jacobo Arenas um dos mais criativos ideólogos da organização revolucionária. Não supreendeu, portanto, a sua nomeação para comandante-chefe quando Manuel Marulanda morreu.
Como era de esperar chovem agora sobre o presidente Juan Manuel Santos felicitações dos dirigentes dos países imperialistas. O crime é por eles transformado em grande vitória da democracia contra o terrorismo.
Os media do sistema já elaboraram e divulgaram uma extensa lista dos «crimes» cometidos pelo «terrorista» e «narcotarfiante» morto.
Omitem obviamente que Alfonso Cano foi o responsável do projecto que as FARC enviaram à ONU e ao governo colombiano nos anos 90, propondo a erradicação da cultura da coca num prazo de 10 anos do município de Cartagena del Chairá, o maior produtor da planta maldita no país. Essa experiência piloto exigiria apenas o modesto financiamento de 10 milhões de dólares. A iniciativa foi, porém imediatamente vetada pelo governo de Bogotá, considerado por Washington modelo de democracia e o seu melhor aliado na América do Sul.
A oligarquia colombiana festejou, naturalmente, com entusiasmo a morte do líder das FARC. A organização guerrilheira define o regime, desde a presidência de Uribe, como fascizante. E não exagera no qualificativo.
O Presidente Juan Manuel Santos, ministros e generais deslocaram-se a Popayan, capital do Departamento do Cauca onde foi assassinado Cano, para ver o seu cadáver, em exposição, condecorar os matadores e celebrar o crime em ambiente de entusiasmo. Os militares esclareceram que no acampamento onde se travou o ultimo combate foram encontrados os computadores do comandante e que o seu conteúdo «será estudado». A notícia logo correu mundo. Tudo indica que o governo, repetindo o uso que fez dos computadores manipulados do comandante Raul Reyes, tornará em breve públicas revelações sensacionais sobre a sua descoberta.
O comandante Alfonso Cano, como outros membros do secretariado do Estado-maior central das FARC tinha a cabeça a premio por mais de um milhão de dólares. É incómodo para Santos e os seus epígonos reconhecer que na Operação «Odisseia» - insulto ao herói grego de Homero - montada para a abater o comandante das FARC participaram 2300 oficiais sargentos e soldados, aviões Super Tucano e muitos helicópteros.
No início do ano o governo de Bogotá divulgou notícias segundo as quais Alfonso Cano se encontraria no Oriente, próximo da fronteira da Venezuela. Eram falsas.
O secretariado das FARC, no momento em que escrevo, ainda não se pronunciou sobre as circunstâncias do crime.
Mas o simples facto de as selvas do oriente do país distarem cerca de 800 quilómetros do município de Suarez, no Cauca, onde ele morreu, após dois bombardeamentos maciços e um cerco montado por tropas especiais convida à reflexão. Duas cadeias de gigantes andinos da Cordilheira Oriental e da Central separam essas frentes de combate.
Ignoro por onde se movimentou Cano nos últimos meses. As declarações ao diário El Tiempo dos militares que o mataram não inspiram confiança. Num ponto coincidem todas: Alfonso Cano caiu combatendo!
A capacidade estratégica e a mobilidade dos guerrilheiros das FARC, cruzando montanhas, rios e florestas, em travessias que a História registou e inspiraram poetas e novelistas somente encontram precedente na saga de Bolívar galgando os Andes, durante a campanha de libertação de Nova Granada (a actual Colombia).
Alfonso Cano, como Jorge Briceño, Jacobo Arenas e Manuel Marulanda souberam pelo seu exemplo, como revolucionários comunistas, conquistar em vida o respeito de milhões de compatriotas. Mortos, os seus nomes permanecerão na História como heróis da América Latina.
Foram duríssimos os golpes recebidos nos últimos anos pela organização guerrilheira mais antiga do Continente, que se bate há mais de quatro décadas por uma Colombia democrática, livre, progressista, enfrentando um exército de 300 000 homens, armado e financiado pelos EUA.
Mas a hierarquia da Igreja e inclusive a oligarquia crioula estão conscientes de que não há solução militar para o trágico conflito que ensanguenta a nação.
A euforia de Juan Manuel Santos – protector de paramilitares assassinos - não consegue ocultar a sua certeza de que o combate das FARC vai prosseguir. Ele próprio reconheceu já essa evidência. Os media oficiais avaliam em 10 000 o numero actual de guerrilheiros das FARC.
A luta continua na Colombia!


Vila Nova de Gaia, 5 de Novembro de 2011

domingo, 6 de novembro de 2011

Face à escalada repressiva, solidariedade com “Occupy Wall Street”


O movimento “Occupy Wall Street” não só persiste no seu lugar de origem como continua a alastrar a um número cada vez maior de cidades nos EUA. Em Nova Iorque, Denver, Boston, Chicago, Milwaukee, Detroit, Los Angeles e numerosas outras cidades, concentrações de muitos milhares ocupam ruas e parques, debatem e formulam reivindicações, suscitam a solidariedade e a simpatia das populações de um país onde a crise capitalista vem lançando milhões de trabalhadores para o desemprego e centenas milhares de famílias para a pobreza sem abrigo, uma vez que o sistema prossegue implacavelmente o despejo dos que deixaram de poder pagar a hipoteca das sua casas.

Trata-se sem dúvida de um muito forte sinal do crescente mal-estar numa sociedade em que o fosso entre os mais ricos e a grande massa do povo não cessa de se aprofundar. Num movimento muito heterogéneo de todos os pontos de vista, há dois aspectos que é necessário valorizar: em primeiro lugar, a determinação em exprimir o protesto através da presença nas ruas, a necessidade de, através dessa presença massiva e de amplas assembleias, assumir um rosto colectivo. Em segundo lugar, o facto de o movimento, que tomou efectivamente a iniciativa da acção, ter tido a permanente preocupação de apelar à participação dos trabalhadores e das suas organizações sindicais, e estar a verificar-se que esse apelo encontra eco.
A grande burguesia norte-americana tem manifestado alguma desorientação face a este movimento em evolução. Começou por o ignorar nos grandes meios de comunicação social. Depois enveredou pela caricatura e pela tentativa de voltar as populações contra os manifestantes, mas obteve resultados contrários aos que pretendia. Depois enveredou pela tentativa de cooptar o movimento. Personagens que vão de Obama a Bloomberg, passando por Al Gore e até por Lech Walesa exprimiram compreensão e simpatia. Mas os apoios que foram saudados nas ruas foram os das inúmeras personalidades progressistas que o têm manifestado, não estes apoios envenenados. Finalmente, parece ter chegado a altura da repressão generalizada. A polícia, que já actuara brutalmente em Nova Iorque, reprimiu violentamente os manifestantes em Oakland e noutras cidades, efectuando centenas de prisões e deixando alguns feridos graves. Grupos de rufias de extrema-direita participam igualmente em acções violentas, sem que a polícia intervenha. Participantes nas manifestações são despedidos pelo facto de se manifestarem.
Mas a experiência destas semanas mostra que a violência policial, em vez de desmobilizar, tem tido um efeito contrário. Tem suscitado a indignação na opinião pública, tem feito crescer a solidariedade popular, tem trazido novas adesões aos protestos de massa. Por detrás destas importantes mobilizações não está o protesto efémero de meia dúzia de activistas. Está o fermentar de um justo clamor contra uma sociedade que, apresentando-se a si própria como um padrão de prosperidade e democracia, é de facto corroída internamente pelas mais gritantes injustiças e desigualdades e pela mais violenta opressão de classe.
A crise está a atingir a maior potência imperialista no seu próprio coração. Qualquer que seja o desenvolvimento futuro do movimento “Occupy”, ele lançou já uma vigorosa semente e merece a activa solidariedade progressista de todo o mundo, numa altura em que, muito provavelmente, irá ter de defrontar-se com uma violenta escalada repressiva por parte da classe dominante.



quinta-feira, 3 de novembro de 2011

CASSANDRA PARTICULAR

Amanhã de manhã lereis no jornal uma nova guerra
e formulareis o desejo de vitória de um dos lados...
amanhã desejareis uma nova mulher,
fechareis um negócio, comprareis bilhete para o cinema,
passareis em revista as vossas ambições,
suareis, tereis cóleras, jogareis brídge...

Amanhã a Morte olhar-vos-á um passo mais de perto;
amanhã o Amor olhar-vos-á um passo mais de longe.

Continuará a haver estrelas, rosas,
o luar, as dálias, as crianças,
os jardins, o crepúsculo, a poesia
- os livros dos poetas bem baratos...

Mas amanhã não tereis tempo
um minuto sequer
Amanhã vendereis ao Diabo mais um comboio de mercadorias.


Egito Gonçalves

terça-feira, 1 de novembro de 2011

O filho de África reclama as jóias da coroa do continente


Durante mais de uma década, os EUA tentaram estabelecer um comando no continente Africano, o AFRICOM, mas este foi recusado pelos governos receosos das tensões regionais que iria causar. A Líbia, e agora o Uganda, o Sudão do Sul e o Congo representam a grande oportunidade. Como demonstram a Wikileaks e a Estratégia Nacional Contra o Terrorismo, os planos dos EUA para África são parte de um plano global de acordo com o qual 60 000 forças especiais, incluindo esquadrões da morte, operam em 75 países. Como disse o então Secretário da Defesa Dick Cheney, os EUA querem simplesmente mandar no mundo.
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domingo, 30 de outubro de 2011

Portugal e a Europa

"É verdade que, em toda a nossa História, houve sempre portugueses que, por espírito mesquinho de classe, estiveram de cócoras diante do estrangeiro, prontos a sacrificarem os interesses da Pátria a interesses não-nacionais.

Todos nós conhecemos os nomes de tais homens e execrámo-los.

Durante séculos e séculos, como bicho dentro da maçã, o partido castelhano corrompeu e desfibrou o País até o levar aos opróbrios de 1580; mais perto de nós, foram os integralistas (ora de imitação francesa, ora de figurino germanófilo e nazi) que se entregaram mesma tarefa. Hoje, erguem-se vozes a cantar loas à Europa - não à Europa dos trabalhadores, claro, mas à Europa dos monopólios e das sociedades multinacionais. Ontem, houve quem servisse Castela contra a arraia-miúda; hoje há quem deseje colocar as classes laboriosas portuguesas na situação de fogueiros da fornalha da Europa capitalista..."

Vasco Gonçalves 
(excerto do discurso em Almada 18-08-1975)

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Futilidades Caras ou Ilusionismo Barato

O PS/ D. Mendes em Coruche já nos habituou nestes dez anos que levam à frente da gestão da Câmara, a um sem número de actividade fúteis e inúteis, que só servem para satisfazer vaidades e o ego dos eleitos socialistas, para além do esbanjamento dos recursos financeiros do município.

D. Mendes, já nos tinha brindado com a “Feira dos Stocks”, depois veio a “Feira do Barato e das Oportunidades”.

Este ano tiveram a peregrina ideia de nos “proporcionar” a “Feira do Emprego e do Empreendedorismo”.

Provavelmente paro o ano hão-de nos impingir mais uma feira, por ventura, a “Feira das Vaidades”.

E assim vai Coruche, com marketing e tolices iludem os coruchenses que estão a fazer algo de útil. QUANTOS EMPREGOS VENDERAM NESTA FEIRA?

NOVOS NEGÓCIOS GREGOS

O governo dos EUA aprovou a entrega de 400 tanques Abrams à Grécia, tendo enviado ao seu governo uma carta quanto ao preço e disponibilidade. Por sua vez, o governo francês insiste em vender três fragatas à Grécia, o que tem provocado desgosto entre concorrentes da construção naval alemã. Assim se vê de onde vem o endividamento grego. Ao mesmo tempo, pode-se apreciar a qualidade de gestão de um governo sob a tutela da Troika FMI/BCE/UE.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Em defesa desse bem comum que é o nosso País

Passo Coelho não mentiu só durante a campanha eleitoral. Mentiu também na apresentação do Orçamento para 2012, que é o maior opróbrio a que querem submeter o nosso País. Com mal disfarçada demagogia agita o papão de que, sem estas medidas, o País não terá dinheiro para pagar salário a enfermeiros, professores, polícias (curiosa escolha de profissões a que escolheu como exemplo...). Mas escondeu que o real destinatário do dinheiro que quer roubar aos portugueses vai ser a Banca, que preparou com os seus empréstimos a armadilha para agora apontar a faca ao pescoço dos povos.

Este Governo social-democrata, que não respeita nem a democracia nem a sociedade, quer entregar o nosso País aos abutres do capital financeiro que estão voando à solta pelo mundo. Para este Governo são indiferentes os destinos da economia portuguesa, as consequências que as medidas vão ter na vida das pessoas e dos trabalhadores. Comportam-se subserviente e submissamente para com o triunvirato, que escolheu o povo português e o grego como cobaias de uma política que pretende generalizar a toda a Europa, retirando direitos sociais e económicos conquistados ao longo do século XX. São medidas que visam retirar dinheiro da economia real e da produção para o entregar à especulação do capital financeiro, sem regras nem qualquer controlo.

Cabe aos povos, em cada país, defender a democracia e os direitos que foram tão duramente conquistados.

O Governo bem pode deixar que o grande capital lhe ponha uma canga nos ombros.

Mas sobre os comunistas é que eles não a poderão pôr.

As acções dos trabalhadores e do povo que visem impedir este projecto de cobardia, traição e venda do nosso País poderão contar sempre com o empenho abnegado dos militantes comunistas, porque essa é uma obrigação a que nunca nos furtámos no passado, como não o faremos no presente.

Ontem como hoje defenderemos até às últimas consequências a soberania, a independência e o futuro do nosso País.

O momento é de luta.

Mas é também de unidade. Unidade de todos os democratas e patriotas em defesa deste bem comum que é o nosso País.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

HOJE - DESFILE «Contra o Pacto de Agressão - Lutar por um Portugal com futuro»

Face ao anúncio, por parte do Governo PSD/CDS, de medidas brutais contra os direitos dos trabalhadores e do povo, e de afundamento do país, o PCP realiza um Desfile de indignação e protesto: «Contra o Pacto de Agressão - Lutar por um Portugal com futuro», pelas 18h00, com início no Chiado em direcção à Rua Augusta, em Lisboa, com a participação de Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do PCP.

sábado, 15 de outubro de 2011

O Povo não se resigna, abaixo o Capitalismo






Não vamos dar tréguas aos vampiros que estão no governo, nem aos traidores do PS que negociaram com a troika o esbulho do pais e o roubo aos portugueses.

Vamos para rua! O Povo Unido Vencerá!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Mentira Colossal

A Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) da zona industrial do Monte da Barca, equipamento que custou ao erário público mais de 2,6 milhões de euros e foi inaugurada em 15 de Agosto de 2010, com a pompa e circunstância que D. Mendes, sempre, coloca nas inúmeras inaugurações que faz, continua, 14 meses depois inactiva.

Este é mais um exemplo das “virtualidades” da gestão D. Mendes – PS, “ Verdade e Rigor”.

Registe-se a declaração de D. Mendes no acto da inauguração: “A ETAR irá permitir fazer o tratamento de esgotos, das localidades de Montinhos dos Pegos, Azervadinha, Salgueirinha e Rebocho, bem como das empresas situadas na zona industrial”.

Também o presidente da Junta, orador exímio e de fluente discurso, na sua arenga aos presentes na inauguração, afirmou: Estar com uma ponta de vaidade pela inauguração de um equipamento à muito ambicionado”. Que modéstia!

Moral da estória, o Presidente da Câmara e o Presidente da Junta, pregaram uma valente “peta” aos coruchenses, pois 14 meses passados, o equipamento continua sem tratar os esgotos.

A população das localidades acima referidas é merecedora de mais respeito.

sábado, 8 de outubro de 2011

DEZ ANOS DE GESTÃO PS EM CORUCHE

As políticas de D. Mendes e do PS levaram nestes dez anos, Coruche, a perder peso e a liderança no contexto dos concelhos mais a sul da Lezíria do tejo, isto apesar das colossais campanhas de propaganda e marketing que custaram aos orçamentos do município milhões de euros e como prova do que se afirma tomemos como exemplo os resultados dos últimos censos (2001 a 2011).

  • Coruche tem 19 931 habitantes, perdeu desde 2001, 1401 - 6,57%
  • Salvaterra de Magos tem 22161 habitantes. Desde 2001 aumentou, 1892 - 9,38 %
  • Almeirim tem 23403 habitantes. Desde 2001 aumentou, 1446 - 6,59%
  • Benavente tem 29388 habitantes. Desde 2001 aumentou, 6131 - 26,36%

Outro dos indicadores que importa conhecer é o “índice de envelhecimento por local de residência – Nº de pessoas com mais de 65 anos por cada 100 pessoas com menos 15 anos”

  • Benavente tem 102 pessoas com mais de 65 anos.
  • Almeirim tem 140 pessoas com mais 65 anos.
  • Salvaterra de Magos tem 146 pessoas com mais de 65 anos.
  • Venda Novas tem 189 pessoas com mais de 65 anos.
  • Ponte de Sôr tem 192 pessoas com mais de 65 anos.
  • CORUCHE TEM 234 PESSOAS COM MAIS DE 65 ANOS.


Estes elementos permitem-nos concluir que em dez anos de gestão PS, Coruche, perdeu protagonismo e influência no conjunto dos concelhos limítrofes: perde população e é o concelho onde a desertificação e o envelhecimento é mais acentuado.

Em Coruche como demonstram os indicadores referidos, os jovens continuam a “fugir” para Lisboa e para outros concelhos, embora, ao longo destes dez anos D. Mendes e o PS tenham repetidamente afirmado que o desenvolvimento estava assegurado.

Estes indicadores revelam ainda que os milhões de euros gastos, nestes dez anos, em festas, novelas, relva sintética (hoje às moscas, como no Couço), em outdoors, no “sorvedouro” de recursos como o projecto do comboio para Lisboa, em isenções de impostos a multinacionais como a “Nestlé”, na prioridade dada às actividades taurinas etc.

Foi dinheiro, de todos nós, que só serviu para permitir a uns quantos personagens pavonearem-se e dar aso a outras extravagâncias.

O Emprego, a habitação social e a qualidade de vida da população ficaram para segundo plano. Esta gente não merece a confiança dos coruchenses. 

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O "Desvelo" do Mirante


Que noticia mais interessante!

Já agora, e a notícia sobre a condenação por difamação do Moreira, quando é que o Mirante a publica?

Muito comovente o carinho e ternura que o Mirante manifesta pelo "director do serviço de informações" da CMC!

Pudera... 10 Anos de páginas e páginas de publicidade. 

10 Anos muito profícuos para o "director do serviço de informações" e para o JAE.


Escandaloso!!!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

PORTUGAL ENREDADO


"O Estado deve ao Estado rendas de edifícios que o Estado vendeu ao Estado para que o défice do Estado fosse menor e a dívida do Estado parecesse que não era do Estado". Se não entendeu na primeira leitura, tente uma segunda no Jornal de Negócios . A conclusão que se tira de tudo isto é que as trafulhices do governo Sócrates continuam imparáveis no governo do sr. Passos Coelho. As teias tecidas são fortes, as conivências PS-PPD ainda maiores e a vontade política de por tudo em pratos limpos é escassa. Por que é que pouco se fala das PPPs?

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

«Com força aqui estamos, pela luta é que lá vamos!»


As quase 200 mil pessoas que saíram à rua - 130 mil na capital e 60 mil no Porto, e também cerca de um milhar no Funchal - deram corpo e voz ao justo protesto «Contra o empobrecimento e as injustiças», e fizeram desfilar numa corrente única as várias batalhas em que ultimamente têm estado empenhados trabalhadores de diferentes sectores e empresas, bem como populações e utentes de serviços públicos, especialmente de saúde.



Com a força demonstrada Sábado, a CGTP-IN e os trabalhadores partem com ânimo elevado para a realização da «semana de luta», que a central vai promover entre 20 e 27 de Outubro, com greves totais ou parciais e com acções públicas, «numa luta que tem que ser cada vez mais geral»



A LUTA CONTINUA!

sábado, 1 de outubro de 2011

Hoje - 1 de Outubro - Lisboa - 15H - Saldanha

A colossal farsa

As contas ocultas da Madeira, o colossal buraco financeiro, enfim, as tradicionais jardineirices – velhas de décadas e sempre vistas com incomensurável compreensão por todos os presidentes da República e por todos os governos – têm sido notícia destacada em todos os media.

Entretanto, também da Madeira e também fruto das tradicionais jardineirices, chegou uma outra notícia: a revelação de uma fraude eleitoral levada a cabo no Funchal, nas eleições presidenciais que, em 1980, opuseram Ramalho Eanes e Soares Carneiro.

«Eu estava lá e vi como foi», diz António Fonte, na altura militante da JSD e agora deputado regional pelo PND. E conta que a fraude se concretizou «pondo cruzinhas em boletins de voto e descarregando nos cadernos eleitorais» em eleitores abstencionistas, em número de «300 a 400 votos por mesa» – o que fez com que o candidato Ramalho Eanes, vencedor, de facto, em todas as mesas, tenha sido «derrotado» em todas as mesas...

Sintomaticamente, esta notícia, divulgada pelo DN, não teve a mínima repercussão nos restantes media dominantes. E se a fraude agora denunciada não constitui surpresa, também o silenciamento a que foi votada não surpreende.

Ora, em véspera de eleições na Madeira – e quando vêm à baila com tanta insistência as surpreendentes votações do PSD/Jardim em sucessivas eleições – o caso bem merecia ser motivo de reflexão. No acto eleitoral acima referido foi assim e nos outros actos eleitorais, antes e depois desse, como foi?, e no dia 9 como será?...

E, já agora: e aqui, no continente, como foi e como é?...

É sabido que a política de direita recorre a todos os meios para garantir a continuidade necessária ao prosseguimento da sua obra de devastação da democracia de Abril – e que as eleições e os seus resultados constituem o suporte essencial dessa garantia.

Sabe-se, também, como os governos dos últimos 35 anos têm utilizado o aparelho do Estado em desbragada caça ao voto na política comum a todos eles.

Sabe-se, ainda, o papel desempenhado pelos media dominantes enquanto propagandistas da política de direita e dos partidos que a executam e defendem.

Sabe-se, agora, que é possível caçar «300 a 400 votos por mesa»...

Que mais é preciso saber para concluir que eleições destas não passam de uma colossal farsa?

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Sinais Perigosos (2)

Adensam-se os sinais de autoritarismo, intimidação e desrespeito pelos direitos dos trabalhadores na CM de Coruche.

Desta vez na Zona Industrial tentaram impedir a realização de um plenário de trabalhadores promovido pelo STAL, tendo um chefe de divisão municipal alegado que o plenário não estava autorizado pela Câmara e por isso não cediam instalações. O plenário realizou-se na rua, a maioria dos trabalhadores participou e esta provocação foi derrotada.

Estes comportamentos são preocupantes e lembram outros tempos.

Viva o 25 de Abril!

Os trabalhadores unidos e organizados

Vencerão!