MIGUEL TORGA
(1907-2007)
(1907-2007)
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IDENTIDADE _
Matei a lua e o luar difuso.
Quero os versos de ferro e de cimento.
E, em vez de rimas, uso
As consonâncias que há no sofrimento.
Universal e aberto, o meu instinto acode
A todo o coração que se debate aflito.
E luta como sabe e como pode:
Dá beleza e sentido a cada grito.
Mas como as inscrições nas penedias
Têm maior duração,
Gasto as horas e os dias
A endurecer a forma da emoção.
1 comentário:
JÁ CANTAVA O OUTRO quem nasceu para ser Livre não tem receio da morte
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