terça-feira, 28 de janeiro de 2014
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
A DENÚNCIA, O SILÊNCIO E A INFÂMIA
A revelação de Manuela Ferreira Leite, em programa televisivo na 5ª feira à noite, foi seguida por um silêncio quase sepulcral. Nenhum dos jornais que se auto-proclamam como "referência" mencionou o assunto. A excepção honrosa foi o jornal i .
Pela boca da ex-ministra das Finanças e antiga dirigente do PSD ficou-se a saber que: 1) o governo P.Coelho-P.Portas fez uma reserva oculta de 533 milhões no Orçamento de Estado de 2014; 2) que tal reserva daria para cobrir folgadamente as consequências do chumbo no Tribunal Constitucional – "ainda sobrariam 200 milhões", disse ela; 3) que portanto a sanha persecutória do governo contra os reformados, com cortes drásticos nas pensões, não tem qualquer razão de ser; 4) que desconhece a que se destina o enorme "fundo de maneio" de 533 milhões à disposição da actual ministra das Finanças – "no meu tempo este fundo era apenas de 150 milhões", disse Ferreira Leite.
Verifica-se assim que a infâmia do governo Coelho-Portas é ainda maior do que se pensava. Há recursos orçamentais vultosos que são sonegados, reservados a finalidades desconhecidas do público. E, apesar disso, o governo pratica uma nova e brutal punção sobre os magros rendimentos dos pensionistas.
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
domingo, 5 de janeiro de 2014
quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
O Orçamento de Estado, o PS e a FAMOSA ALÍNEA F.
É uma evidencia indiscutível, e comummente aceite, que o
Orçamento de Estado para 2014 vai agravar e muito, a vida das famílias portuguesas
por via das medidas que incorpora, que no essencial se traduzem em mais
cortes salariais e nas pensões, aprofunda, limita e nega, direitos
fundamentais como o acesso à saúde, educação ou à protecção social.
Vem isto a propósito da moção apresentada na Assembleia Municipal que criticava o ORÇAMENTO DE ESTADO e que o PS se recusou a apoiar. Por causa da alínea f) da citada moção.
(que se transcreve)
"o OE, constitui-se como um factor de aumento da exploração dos trabalhadores, da redução dos rendimentos dos reformados e de empobrecimento das famílias (até aqui o PS concorda) agravado pelas medidas adoptadas pelo Município como são exemplo, a manutenção dos valores do IMI e o aumento de 4,67% das tarifas da água";
(que se transcreve)
"o OE, constitui-se como um factor de aumento da exploração dos trabalhadores, da redução dos rendimentos dos reformados e de empobrecimento das famílias (até aqui o PS concorda) agravado pelas medidas adoptadas pelo Município como são exemplo, a manutenção dos valores do IMI e o aumento de 4,67% das tarifas da água";
Para o PS as medidas nocivas para as famílias tomadas pelo governo são más e
devem ser condenadas, já as medidas tomadas pelo PS em Coruche e que
também vão ao bolso dos cidadãos essas pasme-se, !!! Devem ser apoiadas!!!
Isto é o cúmulo da hipocrisia e do cinismo.
sábado, 28 de dezembro de 2013
Ele há cada Negócio!
A maioria socialista impôs a aprovação (quer na reunião de
Câmara, quer na reunião da Assembleia Municipal, porque dispõe da maioria
absoluta nos dois órgãos) da compra do edifício da antiga Rodoviária, situado
na rua 5 de Outubro, em Coruche, pela módica quantia de 625.000€ - 125.000 contos!!!
Se, não se questiona a importância daquele espaço !?! ficar no domínio publico e ao serviço da comunidade, o mesmo não se pode
dizer do valor pelo qual a Câmara o vai adquirir !!! os dinheiros da Câmara
são recursos públicos e saem dos bolsos de todos nós, cidadãos Coruchenses,
e por isso, temos todos o direito e o dever, de questionar as decisões daqueles
que foram eleitos para gerir a coisa pública, que é de todos.
Acontece que a oposição na Câmara e na Assembleia questionou os valores
da aquisição e a oportunidade de tal compra, considerando o estado do país, do
concelho e as prioridades no investimento para 2014.
Além disso foi questionada a avaliação feita do edifício, pelo
perito avaliador, tudo indica que está sobrevalorizada! até porque,
a avaliação que as "FINANÇAS" fazem da fracções que a Câmara
vai adquirir é praticamente um terço do valor, ou seja, as
"Finanças" que avaliam "por cima" atribuíram àquelas
fracções o valor de 240.217€.
Moral da História: a Câmara de Coruche vai pagar à RODOVIÁRIA DO ALENTEJO
SA, 625.000€ por 4 fracções - não é a totalidade do prédio, note-se - quando as
"FINANÇAS" avaliaram em 2012 as ditas por 240.217 €.
PS: É uma tonteira!!! o argumento usado pelo presidente da Câmara, que, segundo
ele, se a Câmara não comprasse, iria ser lá instalado mais um centro
comercial chinês. Este argumento não tem nenhuma credibilidade já que o
Plano Director Municipal define aquele espaço como "destinado a
equipamento colectivo", logo, está salvaguardada qualquer tentativa de
especular com aquele prédio.
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
Em Ourém....e por cá?
Instituto de Emprego exige devolução de 42 mil euros de subsídios a cooperativa com pessoas ligadas ao PS
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
«Eu não quero receber medalhas, quero emprego com direitos»
José António Pinto |
Hoje é um dia muito importante. Um dia muito especial para todos aqueles que acreditam e lutam por um mundo mais justo, fraterno e solidário. Por isso dedico esta medalha à minha família, aos meus amigos, aos meus colegas de trabalho, aos meus utentes, aos meus camaradas, a todos os militantes da causa dos direitos humanos.
Receber esta distinção e este reconhecimento na casa da democracia é para mim uma enorme alegria mas sobretudo uma tremenda responsabilidade.
Esta cerimónia pública compromete-me ainda mais com a libertação daqueles que sofrem, o prestígio deste prémio exigirá de mim mais dedicação, mais coragem para denunciar, mais entusiasmo para construir, mais motivação para consciencializar os que todos os dias são vítimas do sistema.
Mesmo assim, eu troco esta medalha por outro modelo de desenvolvimento económico. Deixo ficar esta medalha no Parlamento se os Srs deputados me prometerem que futuramente as leis aprovadas nesta casa não vão causar mais estragos na vida daqueles que, por terem deixado de dar lucro, são agora considerados descartáveis.
Em 2012, cento e vinte mil (120 mil) portugueses saíram do País em busca de uma vida digna no estrangeiro. 500 mil crianças deixaram de receber abono de família, o desemprego atinge hoje em Portugal mais de 149 mil jovens. Os idosos vivem com reformas miseráveis sem recursos económicos para comprar medicação.
Eu não quero que o Capitalismo me ofereça medalhas. Eu quero é igualdade de oportunidades, quero que todos tenham acesso aos recursos, aos serviços e aos equipamentos públicos de qualidade.
Eu não quero receber medalhas, quero justiça na economia, justiça na repartição da riqueza criada, quero emprego com direitos para gerar essa riqueza, quero que a dignidade do homem seja mais valorizada que os mercados, quero que o interesse colectivo e o bem comum tenham mais força que os interesses de meia dúzia de privilegiados.
Eu troco esta medalha por mais esclarecimento. Troco esta medalha por mais informação. Troco esta medalha por uma campanha que desintoxique as mentes. Eu ofereço esta medalha a quem tiver capacidade de explicar ao povo que outro caminho é possível, que existem outras saídas, outras alternativas, outras soluções para libertar as pessoas do castigo da austeridade.
Eu não quero medalhas. Quero que a ciência e a tecnologia sejam motor de progresso e que esse progresso toque a vida de todos.
Eu não quero medalhas, quero que os campos, a floresta e a àgua dos rios não sejam contaminadas. Quero que a modernidade traga felicidade e bem estar, mas não apenas a uma minoria cada vez mais restrita. Quero que os cidadãos do meu país hipotecado realizem os seus sonhos, quero que estes governantes estanquem imediatamente este retrocesso civilizacional que ilumina palácios mas ao mesmo tempo enche a cidade de pessoas a dormir na rua.
Eu não quero medalhas, quero que os cidadãos deste país protestem livremente e de forma legítima dentro desta casa e que ao reivindicarem os seus direitos por uma vida melhor não sejam expulsos pela polícia das galerias deste parlamento.
Eu não quero medalhas, quero que os políticos com poder resistam à idolatria do dinheiro, à tirania dos mercados, à especulação financeira. Como diz Frei Bento Domingues, eu não quero uma política que considere os doentes e os velhos um estorvo e o desemprego uma fatalidade.
Eu troco esta minha medalha por uma política que não MATE.
* Intervenção de José António Pinto proferida a 10 de Dezembro 2013 na cerimónia de entrega da medalha atribuída pelo júri do Prémio Direitos Humanos constituído no âmbito da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias da Assembleia da República.
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