"O que diferencia «uma mudança reformista» de «uma mudança não reformista» num regime político, é que no primeiro caso o poder continua fundamentalmente nas mãos da antiga classe dominante e que no segundo o poder passa das mãos dessa classe para uma nova."

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

"O Mirante": futilidades ou a falta de decência

O jornal do J.A.E. desceu a um nível tão baixo que está no nível "lixo". Há meses que nos vem brindando com aquelas ridículas informações sobre os aniversários das várias "figurinhas " ou "figurões" da região, endossando-lhes os respectivos parabéns, uma palhaçada.

Já noticiar assuntos sérios e relevantes do ponto de vista político e social, não é tão habitual, sobretudo, quando as notícias não são simpáticas para os amigos de JAE.

A propósito, porque não noticiou ainda "o Mirante" a condenação do Presidente da Câmara Municipal de Coruche por difamação do "Moreira", através de sentença judicial do tribunal de Coruche!?

Não é estranho?

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

As "tricas" no PS Coruchense

Na reunião da Câmara, realizada esta tarde, estalou o verniz entre os socialistas quando Filipe Justino, eleito na Assembleia Municipal e ex-presidente do PS local, acusou a maioria socialista na câmara de ser responsável pela situação de aumento do número de roubos e da insegurança que se vive na Azervadinha.

Segundo Justino, a responsabilidade é da Câmara socialista que tem permitido, por inacção, que os residentes de etnia cigana tenham triplicado nos últimos anos. 

Filipe Justino acusou ainda a Câmara socialista de ser a responsável pela saída dos jovens da Azervadinha, pelo facto de não haver uma política municipal que os incentive a fixarem-se, nomeadamente, com a criação de um loteamento municipal.

Justino disse ainda que a Azervadinha é hoje uma terra de velhos.


Será que Justino "se passou"?

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Os pontos nos is

Paulatinamente, ao ritmo de uma medida por semana, vem o actual Governo implementando um conjunto de medidas com que se pretende restringir drasticamente direitos sociais e direitos laborais, juridicamente garantidos, conquistados ao longo de muitas décadas.
Há duas semanas foi o imposto sobre o 13.º mês (50%), a semana passada foi o aumento de 15% do preço dos transportes públicos, esta semana o pacote laboral.
Estas decisões apresentadas como inapeláveis, e onde começam a surgir tenuamente tiques ditatoriais (veja-se a posição assumida pela presidente da Assembleia da República sobre o direito de parecer das organizações dos trabalhadores na discussão do pacote laboral), são-nos apresentadas como consequência da situação económica do País que, dizem, não comporta os custos desses direitos.
Como inserir neste discurso o vencimento do agora nomeado presidente da CGD que vai auferir mensalmente mais de 46 salários mínimos?!! O princípio de que o País não comporta determinados custos não se aplica aqui?
O desfasamento entre os salários dos trabalhadores portugueses e o custo de vida cresce exponencialmente tornando-se incomportável e insuportável para a maior parte da população. Inversamente, até ao momento, não foi apresentada uma única medida que penalize o capital.
Aliás, esta medida de um aumento brutal do preço dos transportes visa, essencialmente, sanar as empresas públicas de transportes das dívidas existentes para depois as privatizar. Ou seja: aqui vamos todos fazer mais um esforçozinho para dar uma ajuda ao capitalismo a braços com uma crise que ele próprio criou.
Esta crise não é nossa – é uma crise do capitalismo que, «democraticamente» nos impõem que paguemos.
Estas decisões fazem lembrar uma frase atribuída ao ditador Salazar, que continua bem vivo na memória colectiva do nosso povo – um dia perante uma decisão que apenas penalizava os mais pobres, alguém o questionou pelo facto de os ricos não serem afectados, ao que ele terá respondido «os pobres são muitos e já estão habituados».
Ao poder político aqui fica o recado – o povo português jamais aceitará ser de novo tratado da mesma forma.

Aurélio Santos  

domingo, 31 de julho de 2011

A QUEDA DE UM MITO


As festas do castelo estão à porta.

A azáfama da sua preparação e montagem é já bem visível na vila, uma vez mais os trabalhadores da câmara desdobram-se nos trabalhos de preparação das mesmas, quer na montagem das "tronqueiras”, na organização do cortejo ou nas muitas outras tarefas necessárias para que na tarde de 14 de Agosto tudo esteja apostos para o seu inicio.

Desde 15 de Julho, dezenas de trabalhadores Municipais se vêem na vila a dar o seu melhor para o êxito das Festas do Castelo 2011. Não fora esta participação da Câmara e as festas estariam “comprometidas”.

Porém, é curioso continuar a ouvir o presidente da Câmara e outras “ilustres figuras” coruchenses, insistirem na ideia “peregrina” de que as festas são concebidas, organizadas, montadas e financiadas por uma "comissão de populares".

Mas onde está a “comissão”?

Há dez anos que nos impingem esta mentira!

Há Homens imprescindíveis … !



Manuel Santos Coelho, militante comunista, 64 anos, foi ontem a enterrar.

Partiu ainda com muito para dar ao seu Partido e ao Concelho de Coruche. Homem de carácter como todo o comunista, frontal e leal para com os seus camaradas e adversários políticos. Convicto da justeza dos ideais em que acreditava, nunca esmoreceu, lutava com confiança no futuro, convicto que pela luta dos trabalhadores, será possível construir um mundo melhor liberto da exploração e das injustiças.

Manuel Coelho desempenhou ao longo dos anos vários cargos de relevo concelhio, nomeadamente, vereador da Câmara Municipal 87/89. Nas últimas eleições autárquicas encabeçou a lista da CDU à Assembleia de Freguesia do Biscainho.


Ao Manuel Coelho, assentam bem estas palavras escritas à muitos anos por Brecht:

“Há homens que lutam um dia, e são bons;
Há outros que lutam um ano, e são melhores;
Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;
Porém há os que lutam toda a vida
Estes são os imprescindíveis”


A LUTA CONTINUA!