"O que diferencia «uma mudança reformista» de «uma mudança não reformista» num regime político, é que no primeiro caso o poder continua fundamentalmente nas mãos da antiga classe dominante e que no segundo o poder passa das mãos dessa classe para uma nova."

segunda-feira, 18 de julho de 2011

UMA DÉCADA PERDIDA


O Concelho de Coruche com a gestão do partido socialista (que teve inicio em 2002) está mais pobre, mais isolado e mais desertificado.

Nos últimos dez anos regrediu nos principais indicadores sócio económicos, se comparado com os concelhos limítrofes.



Coruche perdeu vários serviços Públicos: 
  • O balcão da Segurança Social, os Bombeiros e posto da GNR no Couço. 
  • Os serviços do Ministério da Agricultura, os açudes da Agolada e Monte da Barca, em Coruche. 


Vamos perder o comboio, perdemos médicos e encerraram escolas, perdemos a construção dos IC10 e IC13 e perdemos cerca de 1500 habitantes segundo os últimos censos.


Onde está o retorno das dezenas de milhões de euros que o PS e D. Mendes dispôs para investir?


Onde foi gasto o nosso dinheiro?



Tal como no país, o PS arruinou o concelho!

sábado, 16 de julho de 2011

Inimputáveis!



Indiferentes ao agravamento da situação económica e social que está a empurrar os nossos concidadãos para uma situação aflitiva para sobreviverem com dignidade, a nossa câmara contínua de forma chocante, a promover acções onde são gastos milhares de euros sem qualquer proveito para a comunidade.


Já anunciam para o fim de Julho mais 5 dias de esbanjamento, "àquilo" a que chamam "Semana da Juventude". Uma vergonha!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

O PS, os Negócios e o Pântano


"no PS muita gente, nos últimos anos andou a encher os bolsos ", "os anos de Guterres foram o pântano", afirmações de Mário Soares, hoje, em entrevista à antena 1.

Curiosas afirmações, que não surpreendem! 

Cá em Coruche já tinha-mos dado por isso, pois, uns quantos cá do "burgo " também encheram (e continuam) os bolsos. 
Para isso se passaram para o PS!

O que verdadeiramente surpreende! é ser Mário Soares a dizê-lo, ele que tem no seu histórico uma lista de amizades com alguns dos políticos mais corruptos, notabilizados em negócios escandalosos: Frank Carlucci, Andrés Pérez, Mobutu, etc.


Mário Soares é um dos principais responsáveis pela situação a que o país chegou!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

O mundo dos ricos

As firmas Merryl Linch e Capgemini publicam anualmente o World Wealth Report (Relatório sobre a riqueza mundial). De facto, este relatório não é bem sobre a riqueza mundial. É sobre uns quantos que concentram essa riqueza nos seus bolsos.

Dividem-se em duas categorias: os HNWI (high net worth individuals, indivíduos com elevado rendimento líquido individual: igual ou superior a 1 milhão de dólares) e os UHNWI (ultra high net worth individuals, indivíduos com ultra elevado rendimento líquido individual: igual ou superior a 30 milhões de dólares).

A curiosidade destes relatórios reside em perceber para que servem. Uma das conclusões que se tira é de que as firmas relatoras estudam o comportamento dos HNWI e dos UHNWI porque acreditam que daí depende parte do futuro da economia mundial. Mas o que se verifica é que daí dependem, no fundamental, não a economia mas as dinâmicas da especulação (bolsista, imobiliária, financeira, commodities) e os processos de centralização e concentração do capital. Não só não é na economia real que os HNWI procuram assegurar e multiplicar os seus ganhos como parece ser mais fácil descobrir uma correlação entre o que a economia perdeu e o que estes HNWI ganharam.

O relatório confirma que o capital não tem pátria. Os HNWI tendem a investir noutro lado: os asiáticos na Europa, os latino-americanos na Ásia, os norte-americanos na Ásia e na Europa, os europeus na Ásia e na América Latina.

Os HNWI investem em clubes de futebol; em joalharia, pedras preciosas e relógios; em arte e coleccionáveis de luxo. A venda de iates de luxo, de jactos privados, de automóveis de luxo teve uma lamentável quebra em 2009 mas, diz o relatório, apresenta sinais muito animadores em 2010.

Enquanto o produto interno bruto global reduziu 2% e o desemprego global aumentou 14,4% em 2009 (atingindo 211,5 milhões), as fortunas conjuntas dos HNWI e dos UHNWI aumentaram 9,4%. 53,5% do total de HNWI situa-se nos EUA, Japão e Alemanha. 4,5 milhões de HNWI estão nos EUA e no Japão, duas economias em profunda crise.
Parece que em Portugal houve uma quebra no número de HNWI. As duas troikas não deixarão de vir em seu socorro.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Estamos bem entregues …


Observem na foto o nível dos nossos governantes municipais! Em calção numa reunião da câmara no salão nobre dos paços do concelho. Uma vergonha!


Cromos! Já bastava o de Santana!

ENTRE_SONS (84)

Sérgio Godinho - "Os Demónios de Alcácer Quibir"

O VIÉS DE CLASSE DESTA OPÇÃO FISCAL

Chama-se renda ( rent, em inglês) aos ganhos obtidos pelos detentores de determinados privilégios (exemplos: propriedade da terra, de PPPs, de títulos da dívida pública, de concessões de estradas portajadas ou de portos e aeroportos, etc). As rendas não correspondem ao trabalho efectuado pelos seus beneficiários. Elas devem ser contrapostas aos rendimentos do trabalho (exemplos: salários ou lucros de empresários produtivos). Os rendimentos do trabalho são ganhos merecidos, ao passo que as rendas não o são.

A distinção entre ganhos merecidos e não merecidos tem todo o interesse em matéria de política fiscal. Tributar a propriedade e a riqueza é uma medida louvável pois reduz o grau de desigualdade da sociedade, tornando-a menos injusta. Tributar o trabalho é o caminho para o depauperamento do tecido social, a redução do rendimento disponível da população e, em última análise, uma medida recessiva. Mas foi este o caminho escolhido pelo governo do sr. Passos Coelho ao anunciar em sede de IRS um extra de 50% sobre o equivalente ao 13º mês dos assalariados (subsídio de Natal) e dos profissionais precários que emitem recibos verdes (metade de 1/14 avos do rendimento anual dos mesmos). Uma opção de classe contra o trabalho e a favor dos rentistas.

Do lado das receitas, muitas outras opções haveria para atingir os mesmos objectivos (exemplos: tributar transferências financeiras, o off-shore da Madeira, as grandes fortunas, etc). Mas convém não esquecer que a promessa eleitoral do governo era actuar sobretudo do lado da despesa. Mudaram-se os tempos (só 15 dias), mudaram-se as vontades... 

domingo, 3 de julho de 2011

Portugal pode deixar de falhar?

Na tomada de posse do Governo o Presidente proclamou que “Portugal não pode falhar” e o PM respondeu “sei que Portugal não falhará”.

Ficam-lhes bem estas manifestações de voluntarismo. Mas receio que a questão realista seja a de saber se Portugal pode deixar de falhar, com a receita prevista.

Socorramo-nos do relatório da Missão do FMI. Até 2013 o défice público baixará para 3% do PIB, com a parcela dos juros a quase duplicar. À custa de enormes sacrifícios sociais: desemprego a ultrapassar os 13%, salários reais a decrescerem 7% e o consumo privado a retrair-se 9,5%. As dívidas pública e externa pularão para os 115% e 123% do PIB. O investimento privado cairá mais 7% e o PIB diminuirá cerca de 3%. Cereja no bolo, apesar da redução dos custos salariais a competitividade (medida pela taxa de câmbio efectiva real) continuará a degradar-se!

Em suma, aquele voluntarismo olvida a questão de fundo sem cuja resolução não há hipóteses de melhorar. Questão que é colocada no primeiro ponto do relatório da Missão: “os desequilíbrios económicos de Portugal têm aumentado consideravelmente desde a sua entrada na área Euro”. Sublinhando depois que recuperar a competitividade com a moeda única será indubitavelmente difícil.

É este o nó górdio do futuro, do falhar ou não falhar. O baixo crescimento é o problema fundamental e está intrinsecamente relacionado com o Euro. Ou as normas e prioridades da Zona Euro e do Euro mudam substancialmente ou seremos obrigados a abandoná-los. Com custos pesados, mas que ao menos mostram luz ao fundo do túnel.

Ignorá-lo será contribuir para a concretização da “profecia” de Paul Samuelson: “rezem para que no novo século os livros de história económica não relembrem a experiência do euro como um erro trágico”.