«O
Governo apresenta Programas, Acordos, Estratégias, Pactos, sempre com a
retórica do emprego, do crescimento e da competitividade. Falam, falam, mas
crescimento, competitividade e emprego, nem vê-los!
Se
fosse pela repetição da afirmação de que é necessário crescimento e emprego,
Portugal já era uma superpotência da U.E.
Desde os PEC’s – o compromisso para o crescimento, emprego e competitividade, assinado entre os Parceiros Sociais do costume e o Governo de então, do PS\Sócrates, passando pelo Acordo para o Crescimento, competitividade e emprego, assinado mais uma vez com os mesmos de sempre, com Passos e Portas, à Estratégia para o Crescimento, Emprego e Fomento Industrial apresentada com grande pompa por ministros e secretários de Estado, o que não faltam são declarações de mera propaganda!
Desde os PEC’s – o compromisso para o crescimento, emprego e competitividade, assinado entre os Parceiros Sociais do costume e o Governo de então, do PS\Sócrates, passando pelo Acordo para o Crescimento, competitividade e emprego, assinado mais uma vez com os mesmos de sempre, com Passos e Portas, à Estratégia para o Crescimento, Emprego e Fomento Industrial apresentada com grande pompa por ministros e secretários de Estado, o que não faltam são declarações de mera propaganda!
O
certo é que não há crescimento, emprego e competitividade com esta austeridade.
O certo é que há cada vez mais pobreza, exclusão e fome em Portugal
Bem
pode o ministro Paulo Portas afirmar-se como grande defensor dos reformados,
que nós não esquecemos que foi o CDS que deu cobertura a medidas que atingem
esta camada e a generalidade da população. Foram eles, com o PSD, que estiveram
na redução do acesso ao subsídio de desemprego; nos cortes dos salários,
pensões, reformas e subsídios de férias e Natal dos trabalhadores da
Administração Pública e dos pensionistas e reformados; na lei dos despejos; no
corte do abono de família, do complemento solidário para idosos e de outras
prestações sociais; no aumento do IRS e do IMI; na subida do IVA da restauração
e em tantas outras matérias que penalizam fortemente o povo português e
fragilizam ainda mais os reformados!
Para
aqueles que afirmam que não há alternativa, na verdade o que querem é manter em
funções o seu Governo. O maior problema que enfrentam é o do medo de dar a palavra
ao povo e de receber em troca a certidão de óbito a um Governo que é repudiado
pela generalidade da população.
A
melhor forma de defender a instituição Presidência da República passa por o
Presidente respeitar e fazer respeitar a Constituição da República Portuguesa.»
«Convocar
eleições e atribuir ao povo a responsabilidade de com o seu voto encontrar
saídas e soluções para os problemas com que o país se confronta, é reforçar e
consolidar a democracia!
O
país precisa de uma alternativa política que aplique uma política alternativa e
acabe de vez com esta alternância, do jogo da roda de cadeiras!
O
país precisa de uma política alternativa que rompa com fio condutor que nos
conduziu à presente situação!
Uma
política que aposte na procura interna! As empresas não investem porque não têm
perspectivas de vendas e não têm perspectivas de vendas porque a população não
tem rendimento disponível para comprar! Para relançar o investimento e produção
nacional, é fundamental aumentar os salários, começando pelo salário mínimo
nacional e aumentar as pensões de reforma
Uma
política que diminua a carga fiscal sobre quem trabalha e trabalhou e a aumente
para os que acumulam os milhares de milhões de euros distribuídos sob a forma
de dividendos!
Uma
política que alargue as prestações sociais de desemprego a todos os que delas
necessitem, e vá buscar dinheiro às centenas de milhares de milhões de euros
que são jogados na especulação bolsista.
Uma
política que respeite e efective o direito à contratação colectiva e acabe com
o bloqueio e a violação dos direitos individuais e colectivos dos
trabalhadores.
Uma
política que aumente o orçamento da educação e da saúde e reduza a
transferência de verbas em juros pagos a agiotas e chantagistas!
Uma
política que utilize a CGD para financiar o tecido produtivo e ponha os
accionistas da SLN a pagar o buraco do BPN!
Uma
política que invista em equipamentos sociais e culturais e pare com os lucros
garantidos nas PPP’S!
Uma
política que reforce a Administração Pública, que contrate mais trabalhadores
onde estes são necessários e melhore os serviços públicos, pare com as
privatizações e acabe com as rendas escandalosas do sector energético!
Uma
política de verdade que rompa com a mentira repetida até a exaustão de que não
há dinheiro para reformas e prestações sociais, mas que nunca põe em causa os
montantes, prazos e juros transferidos para o exterior!»
Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP-IN
Não aceiteis o que é de hábito como
coisa natural,
pois em tempo de desordem sangrenta,
de confusão organizada,
de arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada,
nada deve parecer natural,
nada deve parecer impossível de mudar.
Bertolt Brecht
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