"O que diferencia «uma mudança reformista» de «uma mudança não reformista» num regime político, é que no primeiro caso o poder continua fundamentalmente nas mãos da antiga classe dominante e que no segundo o poder passa das mãos dessa classe para uma nova."

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Venezuela: A Revolução continua

Nicolás Maduro é o novo presidente constitucional da Republica Bolivariana da Venezuela. 
A sua vitória foi mais apertada do que todas as sondagens previam. Obteve 7505 000 votos (50,66 %) contra 7270 000 de Henrique Radonski Capriles, o candidato da direita, mais 234 000 que o adversário. A participação, muito elevada, excedeu 78%. 

A primeira reação de Capriles, quando Maduro lhe telefonou, foi propor um pacto de governo. Perante a negativa do presidente eleito, declarou não reconhecer como legitimo o resultado e exigiu uma recontagem dos votos emitidos, alegando a ocorrência de milhares de irregularidades Mentiu. Segundo o Conselho Nacional Eleitoral, a eleição transcorreu em atmosfera de total normalidade. O ex-presidente dos EUA Jimmy Carter dissipou dúvidas ao afirmar que de 92 eleições que acompanhou como observador internacional, «o processo eleitoral venezuelano é o melhor de todos».

A campanha de Capriles – um multimilionário que Chávez havia derrotado em Outubro p.p. - foi ostensivamente patrocinada pelos Estados Unidos. A ingerência da sua Embaixada sobretudo em pressões exercidas sobre altas patentes do Exercito, motivou aliás a expulsão de dois adidos militares norte-americanos.

Nas vésperas da eleição, Maduro revelou que haviam sido presos paramilitares colombianos que preparavam uma conspiração para o assassinar e informou que estava a receber diariamente ameaças de morte.

Ao proclamar a sua vitória, esclareceu que para confirmar a lisura do processo eleitoral e desarmar a oposição tomara ele próprio a iniciativa de uma Auditoria para recontagem dos votos.

Milhões de venezuelanos festejaram nas ruas a eleição do sucessor de Hugo Chávez. A sua vitória foi também saudada com entusiasmo em Cuba, na Bolívia e no Equador e pelas esquerdas latino-americanas em geral. Mas as forças progressistas da pátria de Bolivar e Chávez estão conscientes de que o imperialismo vai intensificar a sua ofensiva, recorrendo a todos os meios para desestabilizar o país. Uma certeza: Nicolas Maduro assumiu com firmeza o projeto de Hugo Chávez.

A Revolução Bolivariana continua, rumo ao Socialismo.

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