"O que diferencia «uma mudança reformista» de «uma mudança não reformista» num regime político, é que no primeiro caso o poder continua fundamentalmente nas mãos da antiga classe dominante e que no segundo o poder passa das mãos dessa classe para uma nova."

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Inenarráveis dislates


Desta vez “o Mirante” brinda-nos com uma entrevista (aqui) ao Presidente da Junta de Freguesia de Coruche. É um divertimento do princípio ao fim e reveladora dos traços “esquisitos” da personalidade do dito.

Revela J.B que podia ter sido oficial da Marinha – não faz a coisa por menos – confessa, também, que se sentiu aliviado por ter saído do PCP – ele lá saberá porque é que se sentiu aliviado – e acrescenta à laia de justificação, que era necessário evoluir, mudar de linguagem – sim porque J.B como erudito que é, tem destas necessidades, não é como o comum dos mortais. Até porque a linguagem usada no PCP não se coadunava com o seu carácter, estatuto e nível intelectual! J.B está num patamar mais elevado, ele ombreia com “vultos” como, Professor Catroga ou Medina Carreira ou Jorge Jesus, que usam uma linguagem escorreita e clara, não como no PCP.

Por fim diz J.B que “defende a atribuição de mais competências às Juntas de Freguesia pela Câmara Municipal no âmbito do licenciamento urbano e até dos mercados, a par de uma maior autonomia em matéria de intervenção social” – que cérebro! Ficamos extasiados ao ler tamanha enormidade. O néscio quer que as Juntas adquiram competências ao nível do licenciamento urbano, que coragem ao fazer tal proposta, até fico emocionado.
Só que este discurso não passa, de uma fanfarronice, pois não é que J.B aceitou sem balbuciar qualquer palavra o corte de transferências da CMC para a sua Junta, ao mesmo tempo que assinou sem pestanejar um protocolo com a Câmara sem fazer nenhuma reivindicação das que afirma defenderISTO É QUE É CORAGEM.


Isto de falar de costas direitas para quem exerce o poder não é para todos, é só para aqueles que estão na vida política de forma, coerente, desinteressada e se batem por valores e princípios éticos, o que não é o caso de J.B que o que quer é estar sempre de bem com quem, em cada momento, detém o poder.

14 comentários:

Anónimo disse...

Muito bom post, muito bom! É desta que és processado Barreirinhas.

Anónimo disse...

Talvez nunca saibamos mas teria sido decerto um melhor marinheiro!

Anónimo disse...

Só faltou dizer que foi um capitão de Abril...

Anónimo disse...

A superioridade intelectual deste Jacinto é incomensurável... chiça, chiça...

Anónimo disse...

Só me admira como é que a EDP,ignorou(certamente por desconhecimento)as qualidades desta tão importante individualidade e ter dispensado os seus serviços tão cedo!...

Florindo disse...

Quando estava na CDU curvava-se ao Brandão e agora curva-se perante o "Grandão"o Jacinto não passa de um triste SALTA-POCINHAS PRETENSIOSO.

Anónimo disse...

O jacinto é uma tristesa, quer agora dizer-nos que foi um herói.
Homem de luta e militar do 25 de Abril foi o presidente da fajarda, esse sim.

Anónimo disse...

o nosso querido JB já leu e está todo indignado! :) mas porquê? quem não deve não teme!

Anónimo disse...

Se houvesse alguém no planeta totalmente desprovido de inteligência e cultura, JB era o «eleito»...

Anónimo disse...

É um ratão!

Anónimo disse...

ele não tem noção, quanto mais fala mais enche o ego e depois explode e dá nisto, que senhor cromo! obrigado DEUS por me dares os pais que tenho, olha daquilo que eu me livrei! Fonix!

Jeremias disse...

Está visto, é o cabeça de lista à câmara. Um homem com um destino...

Anónimo disse...

Com o que dizem dele não sei como o escolheram e aguentaram tanto tempo na CDU.

TOZÉ disse...

O OFICIAL DA MARINHA

No mirante li uma entrevista
Com a qual eu não concordo,
Porque afinal esse senhor
Só foi capitão de bordo.

Na marinha vestia de branco
Uma farda linda e airosa,
Mas passou a vira casacas
E hoje veste côr de rosa.

Diz-se um homem de convicções
E com a inteligência que tinha,
Só por amor à mulher
Não foi oficial da marinha.

Se o amor não fosse louco
Possívelmente hoje até já era,
Não capitão de bordo
Mas capitão de mar e guerra.

Foi parar á EDP
Por ser um homem sem medo,
Ainda gostava de saber
Porque o reformaram tão cedo?.