"O que diferencia «uma mudança reformista» de «uma mudança não reformista» num regime político, é que no primeiro caso o poder continua fundamentalmente nas mãos da antiga classe dominante e que no segundo o poder passa das mãos dessa classe para uma nova."

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Para avivar a Memória!

PS NÃO ACAUTELA INTERESSE MUNICIPAL


Ao aprovar o protocolo “Serviço de Transporte Ferroviário de Passageiros entre Coruche e Lisboa”, o PS fê-lo com uma grande doze de irresponsabilidade.
Estabeleceu compromissos financeiros e outros, cujo volume ninguém está em condições de avaliar.

Impunha-se que antes da assinatura deste protocolo, tivesse sido elaborado um estudo económico ou financeiro que permitisse com objectividade avaliar um conjunto de indicadores e só após esse estudo avançar ou não para a sua aprovação.

- Quantas pessoas se deslocam para Lisboa diariamente? 100? 200? Ninguém sabe ao certo com rigor!

- Das que se deslocam para Lisboa quantas tencionam optar pela viagem de Comboio?

- Os horários devem ser adaptados às necessidades dos eventuais passageiros e não aos interesses da CP/REFER. Será que os horários propostos servem eventuais utentes?

- O tarifário deveria ter sido previamente definido por forma, que os eventuais utentes possam avaliar das vantagens do transporte do comboio.


Não basta o presidente da câmara afirmar que diariamente vão para Lisboa centenas de Coruchenses. Para haver rigor neste processo deveria ter sido feito o estudo mencionado, que desse resposta às questões referidas e a outras que ajudassem a câmara a tomar uma decisão final.
Mas o PS assim não entendeu e aprovou o protocolo que responsabiliza a câmara pelas seguintes questões:

- Assegurar ligações rodoviárias regulares da vila para a Estação de Caminho de Ferro e vice-versa. Articuladas com os horários dos comboios. (Quanto vai custar à câmara?)

- Executar os trabalhos nos espaços circundantes à estação de Coruche, nomeadamente no que diz respeito à interface e acessibilidades pedonais e rodoviárias. (Quanto vai custar à câmara?)

- Assegurar a manutenção e conservação dos espaços interface e acessibilidades. (Quanto vai custar à câmara?)

- Assegurar a gestão, limpeza e vigilância pública nos espaços afectos aos passageiros, parque de estacionamento e interface, na estação de Coruche com níveis de qualidade a acordar entre as partes. (Quanto vai custar à câmara?)

- Comparticipar em 16.66% dos défices de exploração se os houver, procedendo ao respectivo pagamento mensalmente. (Quanto vai custar à câmara?)



Pela descrição feita das responsabilidades que cabem à câmara de Coruche, fica evidente que este processo foi tratado à pressa, sem qualquer estudo prévio sério que permitisse por um lado apostar na reactivação deste serviço e por outro acautelar o interesse público municipal.

Estranho é que o presidente da câmara, quando confrontado com a necessidade de apoiar os Coruchenses mais carenciados, diga que a vocação da câmara não é dar esmolas e remete para a “caridade” da segurança social.
Para este negócio com a CP/REFER “abre os cordões à bolsa”, da forma como ficou demonstrado, só porque pensa que com assinatura deste protocolo obtémmais uns votos.



ESTA GESTÃO MERECE SER CASTIGADA PELOS CORUCHENSES

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