"O que diferencia «uma mudança reformista» de «uma mudança não reformista» num regime político, é que no primeiro caso o poder continua fundamentalmente nas mãos da antiga classe dominante e que no segundo o poder passa das mãos dessa classe para uma nova."

sábado, 31 de janeiro de 2009

Só num país SOCRÁTICO! (12)

- "tudo deve estar concluído antes do novo Governo tomar posse"
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- "tenho estado sob ordens muito rígidas do ministro para não dizer nada"

- "enviar a taxa em duas partes, uma para o Estudo de Impacto Ambiental e outra para os protocolos. Tenho as pessoas sob controlo graças a essa transferência"

- "para o Estudo de Impacto Ambiental é necessário pagar mais 50K. Não digo para pagar já, faça só a transferência"


O fio da meada começa a desenrolar-se…

«A crise não pode servir para aumentar a exploração»


Trabalhadores recusam pagar a crise do capital

(Jornal «Avante» 29-01-09)

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Este é o poder local Democrático

Ao lado do povo e dos trabalhadores, atingidos pela crise do capitalismo!


A Câmara Municipal de Benavente, concluiu uma primeira ronda de reuniões com instituições, empresas e sindicatos, a quem pediu para "estarem atentas" e sinalizarem eventuais situações de carência, para que a autarquia possa agir "de imediato".

Segundo o presidente António José Ganhão "o que se pretende das IPPS (instituições particulares de solidariedade social), agrupamento de escolas, empresas e sindicatos é que estes entendam a importância de sinalizarem situações de dificuldade, para que possamos estudar a sua dimensão e encontrar respostas".


- E se todas as câmaras seguissem este exemplo?

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

"O seu a seu dono"

Recebi mais um email, que pelo seu conteúdo entendi divulgar.
Eis o seu teor:
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Caro Pedro Barreirinhas
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Não partilho da sua opinião, no que diz respeito ás acusações que tem vindo a fazer no seu blog. Quando afirma que o PS não cumpre o seu programa eleitoral.
Sejamos razoáveis, não é justo dizer que não fizeram nada neste mandato, porque bem vistas as coisas, até fizeram muito por Coruche e pela qualidade de vida dos coruchenses.
Passo a enumerar, alguns exemplos, do muito que foi feito no ano que passou:
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- 2, 3 e 4 de Maio - Festa "Sabores do Toiro Bravo"
- 9, 10 e 11 de Maio - Festa "Sabores do Toiro Bravo"
- 4 de Maio - Festa "Corrida das Pontes"
- 29 de Maio a 3 de Junho - Festa da "Escola em Festa"
- 14 Junho a 9 de Agosto - Festa "Sons do Parque"
- 17, 18, 19 e 20 de Julho - Festa "Semana da Juventude"
- Julho - Corrida Toiros TVI - "Corrida da Mulher 2008" (subsidio da câmara 6.000 €)
- 14 a 18 de Agosto - Festas da Nossa Senhora do Castelo
- 5 , 6 e 7 de Setembro - Festa "Feira dos Stocks" ( actuação da banda Per7ume que custou á câmara 7.650.00€)
- Corrida de Toiros da Feira de S.Miguel (classificada "de interesse municipal" custou á câmara 11.000 €)
- 1 a 5 de Outubro - Festa "Feira do Livro"
- 3, 4 e 5 de Outubro - Festa "Jornadas de Gastronomia" (espectáculo com Mafalda Veiga que custou á câmara 17.000 €)
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Como pode verificar as "realizações" e "investimentos" que descrevi são bem elucidativos, do esforço, empenho e dedicação desta câmara municipal que, o senhor injustamente acusa de não fazer obra. Podia ainda enumerar as incontáveis "exposições" e outras "cerimónias" que ocorreram em 2008 e que tão longe levaram o nome de Coruche e elevaram a qualidade de vida da sua população, mas não o quero maçar mais.
Termino pedindo-lhe que modere as suas criticas e não seja mal agradecido pois tomara outros concelhos vizinhos terem a sorte de ter um executivo municipal tão dedicado e empreendedor como o nosso.
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Saudações democráticas,
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J.H.P

Greve geral pára França!

Deux millions et demi de manifestants dans toute la France : historique !

O PS não tem Emenda

Revisão do Código do Trabalho
Persistir nas malfeitorias


A maioria absoluta voltou a impor-se e a mostrar a sua face mais negra, aprovando no Parlamento a revisão do Código do Trabalho, depois de forçada a alterar o prazo de 180 dias do período experimental que fora declarado inconstitucional.
Não obstante a aprovação do texto, esta foi sem dúvida uma derrota do Governo PS e dos patrões, a primeira, na perspectiva do PCP, já que um conjunto mais vasto de inconstitucionalidades perpassa o diploma.
Foi da bancada comunista (que votou contra, tal como «Os Verdes» e o BE, abstendo-se PSD e CDS/PP) que voltaram a ouvir-se as mais duras críticas a uma peça legislativa que, além de violar princípios e a orientação da Constituição, vai «agravar os efeitos já de si nefastos da política deste Governo».
Esta foi uma acusação reiterada pelo deputado comunista Jorge Machado, que considerou que o Código do Trabalho vai em «sentido contrário do que era exigível e necessário» na conjuntura actual, ou seja, em vez de «proteger quem trabalha, garantir direitos e aumentar salários», pelo contrário, «facilita despedimentos, ataca direitos conquistados, ataca a contratação colectiva e reduz os já magros salários da generalidade dos trabalhadores».
A maioria chumbou, entretanto, as 14 propostas de alteração ao Código do Trabalho apresentadas pela bancada comunista. Incidindo sobre questões por si consideradas nevrálgicas, visavam não só salvaguardar direitos como eliminar o que em sua opinião são manifestas inconstitucionalidades.
Entre essas propostas estava, por exemplo, a que recuperava o princípio do tratamento mais favorável, a eliminação da norma que cria um novo tipo de contrato de trabalho (intermitente), bem como das normas que desregulamentam o horário de trabalho.
Impedir a facilitação dos despedimentos, defender o regime da greve, defender a contratação colectiva e interditar a possibilidade de os patrões optarem pela indemnização em vez da reintegração, foram outras tantas matérias que ganharam corpo em propostas do PCP, que a maioria rejeitou.


quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

"Nós fazemos Obra"

Email enviado por um amigo do Entre Linhas Entre Gente
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Caro Pedro,
Não podemos passar o tempo a criticar o slogan do município de Coruche "Nós fazemos Obra", envio-te aqui fotos elucidativas:


Rua Luís Camões no Couço

Rua Luís Camões no Couço
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Rua da Liberdade nos Foros Lagoiços
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Rua da Liberdade nos Foros Lagoiços
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Pontão da Courelinha
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Pontão da Courelinha
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Rua da EBI do Couço

Rua da EBI do Couço

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Bolívia em frente!

O "sim" venceu o referendo para aprovar a nova Constituição

60% dos Bolivianos votou Sim à nova constituição.
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Mais um passo para a promoção da justiça social e a defesa das camadas populares.

Viva o Povo Boliviano!

É tempo de prestar contas! (6)

Ao que isto chegou.

O Boletim Municipal Março/Abril 2007, anunciava:

"O mercado municipal de Coruche vai sofrer obras de remodelação e ampliação.
O anteprojecto já foi apresentado aos comerciantes, que mostraram grande satisfação pelas obras que se vão realizar."
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No Boletim Municipal de Janeiro de 2008, pode ler-se:

"O mercado municipal vai ser intervencionado para que possa continuar a ser apelativo e competitivo."
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Como se pode constatar pelas declarações acima citadas, a obra do mercado municipal, tem sido várias vezes anunciada, mas o que é facto é que até hoje não avançou e durante 2009 não vai avançar, já que, consultado o plano de actividades aprovado pela câmara, verifica-se não haver intenção de a concretizar.
Por isso, vamos continuar a levar com aquele horrível "contentor sanitário", inestético e mal cheiroso, localizado num espaço central da vila que deveria merecer uma outra atenção.


Isto é que é urbanismo atraente???



P.s: já me esquecia, as obras do mercado também foram anunciadas pelo vereador Válter Barroso em 2002.

domingo, 25 de janeiro de 2009

ENTRE_SONS (11)

Sitiados - "Formiga no carreiro"
Tema incluído na colectânea de 1994 "Os Filhos da Madrugada", de homenagem a Zeca Afonso.

É tempo de prestar contas! (5)

Programa eleitoral do PS-Coruche 2005-2009:

  • Segurança

«As questões relativas à (in)segurança estão na ordem, do dia e merecem-nos uma atenção muito especial. Conscientes desta realidade continuaremos a privilegiar a tomada de medidas que permitam dar uma visibilidade aos aglomerados populacionais de carácter marginal e continuaremos a defender a existência de uma forte vigilância e controlo das suas actividades.» - Estas eram as palavras em tempo de campanha eleitoral.

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Hoje a realidade é…
Cada dia que passa o sentimento de insegurança nas populações é maior, aumentam o número de assaltos em estabelecimentos comerciais e aos cidadãos.
“os aglomerados populacionais de carácter marginal”, continuam a crescer, com mais barracas e mais residentes, basta ir ao Couço ou Sto Antonino para o constatar. (A responsabilidade já não pode ser assacada ao anterior Presidente da Câmara)



O que faz para garantir a segurança e a tranquilidade da população o governo do PS?
O Governador Civil do PS?
A Câmara Municipal do PS?



Também nesta área o PS é só promessas!

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«VAGA DE ASSALTOS EM CORUCHE»

(Jornal «Mais Região» 16-01-09)

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

É tempo de prestar contas! (4)

Programa eleitoral do PS-Coruche 2005-2009:

  • Desenvolvimento económico e zonas industriais.

«Esta área é absolutamente estratégica na actividade municipal. A criação de infra-estruturas, a promoção dos produtos locais, a afirmação de novas parcerias são aspectos de uma politica autárquica que aumentara o emprego e a riqueza concelhias»

Depois destas bonitas palavras á laia de introdução, vinham as Promessas:

- Criar o parque de negócios em parceria c/ NERSANT e privados;

- Dinamizar a zona industrial do Sorraia como centro de industrias agro-alimentares;

- Instalar plataforma logística/comercial na freguesia do Biscainho;

- Concretizar a ligação diária Coruche-Gare do Oriente em Comboio sub-urbano de passageiros, em parceria c/ REFER e autarquias;

- Criação do gabinete de apoio ao investidor;


Só promessas... a realidade ai está!

Só num país SOCRÁTICO! (11)


“Foi através de mim que ele conseguiu a reunião”, afirmou Júlio Monteiro, que, contudo, garantiu não saber mais nada sobre o desenrolar dos acontecimentos. O tio de Sócrates sublinhou estar a ser “inconveniente” para o sobrinho mas disse estar-se “nas tintas porque é verdade”. O empresário explicou, ainda, que a situação o magoou: “Eu até fiquei chateado pelo facto de nem me agradecerem [o encontro que marquei]”



Com um Tio destes...
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quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

É tempo de prestar contas! (3)

Programa eleitoral do PS-Coruche 2005-2009:


  • Remodelar o edifício dos Paços do Concelho (projecto e obra)
Esta era promessa... A realidade hoje é:

«Remodelação do edifício da Câmara Coruche adiada para 2010»

(in «O Mirante»)

ENTRE_SONS (10)

Navegante - "Navegante"
(Ao vivo no CCOC Sintra, 2002)

É tempo de prestar contas! (2)


Programa eleitoral do PS-Coruche 2005-2009
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A promessa era:
"Construir a nova biblioteca municipal de Coruche" (protocolo já celebrado com IPL)
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E a realidade hoje é... Adivinhem!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Isenção e Transparência

Câmara de Coruche arquiva processo do ruído do bar Clean
(Jornal «O Mirante» 08-01-2009)

É tempo de prestar contas!


NOVO QUARTEL É PRIORIDADE!

O primeiro dia das Festas do Castelo teve uma cerimónia sempre agradável de presenciar: a bênção e a entrega de novas viaturas aos nossos bombeiros. O acto contou com a presença do governador civil de Santarém, presidente da Câmara, vereadores e de mais autarcas, para além, claro, do reverendo Padre Elias Serrano.

Os soldados da paz coruchenses podem orgulhar-se do equipamento que dispõem para cumprir as suas missões, mas não a bela sem senão e o quartel dos bombeiros continua a ser uma lacuna gravíssima para a corporação.

Durante o mês de Outubro os bombeiros de Coruche celebram 78 anos de vida. Nas comemorações espera-se a presença de um alto representante do governo, uma excelente oportunidade para sensibilizar o poder central para a necessidade da construção de um novo quartel: “… vamos mostrar que já temos terreno e projecto para o novo quartel e que só estamos à espera de financiamento para começar com a obra …” , afirma Dionísio Mendes. O presidente da Câmara lembra ainda: “… o actual quartel está apertado no meio da vila, uma localização que prejudica muito a actuação dos nossos bombeiros, é uma situação que tem de ser alterada rapidamente, por isso considero a construção do novo quartel uma prioridade…”.

Parabéns aos nossos bombeiros e esperança na concretização desse sonho antigo, o novo quartel vai ser uma realidade!


(in BOLETIM MUNICIPAL CORUCHE Setembro/Outubro 2005 nº19/2ª Série)

2005, Até parece que foi ontem...



Contra factos não há argumentos!

O novo Presidente dos Estados Unidos


Tenho para mim que, Barack Obama será a maior “fraude politica” neste início de século. Até hoje não disse uma palavra a propósito da chacina, que os israelitas estão a levar a cabo na faixa de Gaza.
Sobre a prisão de Guantanamo, já está a dar “o dito por não dito”.
Começa bem…

domingo, 18 de janeiro de 2009

Ary dos Santos













Ary dos Santos - As portas que Abril abriu

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Ary por Ary

Serei tudo o que disserem
por inveja ou negação:
cabeçudo dromedário
fogueira de exibição
teorema corolário
poema de mão em mão
lãzudo publicitário
malabarista cabrão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!

(Excerto do poema "Poeta castrado não!")

Ary dos Santos - Sempre Presente!

Ary dos Santos por Baptista Bastos

«Ary dos Santos morreu com 48 anos, cheio de álcool, de solidão e amargura. O álcool, a esse, não escondia: bebia imoderadamente, gregário ou desacompanhado. A solidão e a amargura, essas, tentava escondê-las, esquecê-las, mergulhando num oceano de palavras, de frases, de locuções, de imagens - para, depois, emergir desse turbilhão com poemas e cantigas, cantigas e poemas que reflectiam um tempo, uma época, um amor, um encontro ou um desencontro; uma furtiva lágrima, uma precária felicidade. Mas a essa onda de solidão e de amargura Ary dos Santos opunha o seu vozeirão e impunha as palavras como bandeiras desfraldadas:

0 que é preciso é termos confiança
Se fizermos de Maio a nossa lança,
isto vai, meus amigos,
isto vai!

Isso. Isso mesmo: rasgando o desespero com gritos e com cóleras, juntando a sua voz à voz do imenso protestar colectivo - eis Ary dos Santos: cabotino, espectaculoso, truculento, corajoso como poucos; cabeça alevantada, punho cerrado e erguido, olhar de fogo, a chispa indomável de uma labareda interior que o consumia: E, também; um grande poeta - acentue-se: Um grande poeta português, da linhagem de um Guerra Junqueiro, de um Gomes Leal, de um Cesário Verde ou de um Gabriel Marujo ou de um Linhares Barbosa (porque não?), todos na mesma fileira, todos eles empenhados, de uma maneira ou de outra, em restituir a voz àqueles a quem a voz tinham roubado. A pedanteria lítera endossava a poesia de Ary dos Santos para os fojos mais sombrios das «letras de canções». Letrista, somente; é o que diziam. Será. À maneira dos trovadores medievais, dos menestréis dos condados, que divertiam o povo e zombavam dos senhores da guerra e do mando. Mas a poesia de Ary dos Santos supera esses confins de desdenhosa fronteira: foi o que foi, é o que é. E frequentemente; é poesia da melhor que produziu a nossa lírica.

Doente, limitado na vida de liberdade que sempre cultivara com grandeza e esmero, Ary dos Santos continuava a trabalhar. Redigia um livro autobiográfico; «Estrada da Luz-Rua da Saudade», e preparava a edição de dois livros de versos, «Trinta e Cinco Sonetos» e «As Palavras das Cantigas». Foram seiscentas, as letras para canções que Ary dos Santos compõs: renovou, discutiu, pôs em causa, fez aluir tabus, impôs uma nova visão e, um novo espelho da própria realidade portuguesa: Formou com Nuno Nazareth Fernandes e Fernando Tordo duas parcerias famosas: estes três homens deram uma volta importantíssima na assim chamada «canção ligeira» e ensinaram-nos uma nova maneira de ouvir sons portugueses com o idioma português.

Esteve em todas, o José Carlos Ary dos Santos. Com o irrespeito que lhe era natural; com a irreverência que lhe era comum, com a figura impositiva, imponente, rara.

Declamou poemas seus e de outros grandes poetas portugueses em celeiros, estábulos, .palanques improvisados, estádios, clubes e colectividades populares; ao ar livre; no tablado dos teatros e no chão rijo das eiras alentejanas. Cantou a Reforma Agrária, cantou o malho e a bigorna, a Liberdade. Cantou-nos. Cantou Abril, cantou Abril! Engrandeceu-nos e melhorou-nos como seres humanos. Militante do Partido Comunista Português, nunca foi um espectador passivo ou pacificado dos acontecimentos que fizeram a nossa História próxima recente.

A maneira dos grandes poetas portugueses que, ao longo do passado colectivo, com frequência encarnaram o próprio corpo da Nação esquecida, humilhada e ferida, Ary dos Santos foi a cólera, a imprecação, o protesto: Disse português em Portugal e no estrangeiro. Disse que estávamos vivos, que éramos pessoas, que estávamos aqui e aqui continuaríamos. Dïsse que pertencíamos a uma raça de homens livres e indomáveis, que livre e indomavelmente havia caminhado pelo Mundo, rasgando os sulcos de outras pátrias. Disse isto e muito mais. Não parava. Nunca parou. Não há memória de o Ary vez alguma ter parado. A não ser agora: por motivos de força maior.»


(Texto do jornalista Baptista Bastos publicado no «Diário Popular» de 19 de Janeiro de 1984)

sábado, 17 de janeiro de 2009

BPN



  • Qual dos dois não está a falar verdade?
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«Em democracia, quem mente ao povo é réu de alta traição.»
(MS, Jornal «República» 12-12-1965)

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

No próximo domingo

No próximo domingo assinala-se

o 75.º aniversário do

18 de Janeiro de 1934



«...a classe operária e o povo da Marinha Grande tomaram o poder na vila...»

Só num país SOCRÁTICO! (10)

PS vai chumbar projectos da oposição para alargamento do subsídio de desemprego.


Para os Banqueiros todo apoio, para os Trabalhadores o Partido Socialista volta-lhes as costas.

Marinha Grande - 18 de Janeiro - 1934

No dia 18 de Janeiro de 1934, a classe operária e o povo da Marinha Grande tomaram o poder na vila. Nas primeiras horas da madrugada, a estação dos Correios e o posto da GNR foram ocupados e os acessos cortados. A bandeira vermelha ondulou na vila vidreira e foi decretado o soviete. Mas, ao contrário do que esperavam os organizadores do levantamento, o gesto não se repetiu no resto do País e o movimento foi facilmente esmagado pela repressão fascista. Apesar de vencida, a revolta dos operários marinhenses permanece como um exaltante exemplo de heroísmo da classe operária portuguesa, que permanece até aos nossos dias.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Só num país SOCRÁTICO! (9)


«PORTUGAL CRESCE MENOS DE 1% ATÉ 2019 E "RATING" DO ESTADO ESTÁ EM RISCO»
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quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A ilha


Pelos vistos de acordo com o planeado pela câmara para 2009, que agora começa , em Coruche, a crise Não Existe! Vamos continuar a ter no corrente ano festas todas as semanas, "inaugurações fantasiosas", "touradas" pagas pela câmara como em 2008, "festivais", e outros que tais, que custam ao município milhares de euros, "bienais" e "Gala dos Forais", etc.

A gestão do PS/Sócrates esbanja a seu belo prazer os parcos recursos do município, que poderiam e deveriam no actual momento de crise e de dificuldades, para tantos coruchenses serem aplicados no apoio aqueles que mais carenciados estão, ou em obras e investimentos ao serviço da população e do desenvolvimento do concelho tais como :

- Requalificação do edifício do Mercado Municipal;

- Novo quartel dos Bombeiros;

- Nova sede para a "S.I.C.";

- Apoio aos Centros de Dia;

- Apoio aos Idosos Carenciados, nomeadamente no apoio à compra de medicamentos como já fazem algumas autarquias;

- Pavilhão na Escola Secundaria;

- Etc;

No fundo aplicar com rigor os recursos e apoiar quem precisa.
Mas o PS – Partido de Sócrates, em Coruche não pensa assim. É pena!!!


Os Coruchenses que reflictam se querem mais do mesmo.

"...com um muçulmano, pensem muito seriamente ..."




O que se chama a isto?

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

A indiferença

Este poema foi escrito nos anos 30 do séc. XX
Mas continua actual, nos dias que correm com Sócrates no poder.

A indiferença

Primeiro levaram os comunistas,
Mas eu não me importei
Porque não era nada comigo.

Em seguida levaram alguns operários,
Mas a mim não me afectou
Porque eu não sou operário.

Depois prenderam os sindicalistas,
Mas eu não me incomodei
Porque nunca fui sindicalista.

Logo a seguir chegou a vez
De alguns padres, mas como
Nunca fui religioso, também não liguei.

Agora levaram-me a mim
E quando percebi,
Já era tarde.

Bertolt Brecht

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Em nome da crise

O que parece nem sempre o é. Depois de meses a fio de porfiada negação da crise e das dificuldades que a sua própria política gerava e avolumava, Sócrates mudou no registo. Com o virar do ano a recessão é já admitida como possível e as dificuldades que esperam o País tidas como inevitáveis. Para os que mais ingenuamente alimentassem a expectativa de que por ali houvesse irrompido uma súbita e iluminada contrição, a ilusão não teve tempo de ganhar forma.
Aos ajustes discursivos não se acrescentam mudanças na intenção e objectivo: persistir nas mesmas políticas. Já não em nome do défice, mas agora da crise. O paraíso prometido ali mesmo ao fundo daquela curva que a penosa travessia a que os portugueses foram sujeitos para pôr «as contas públicas na ordem», esfumou-se. À luz do novo discurso governativo aquilo que era já o não é. Ao que parece, restaria o consolo, a acreditar na explicação do primeiro-ministro, de os sacrifícios impostos aos que trabalham virem a ser creditados agora não na parcela dos ganhos de quem foi chamado a fazê-los, mas numa outra parcela de perdas, que não deixando de ser a mesmíssima de sempre, se apresentaria agora providencialmente atenuada pela ordem posta nas contas. Os tempos seriam agora, na estratégia do Governo, de abrir um novo ciclo de sacrifícios, construído na base de um resignada aceitação da crise e destinado a assegurar uma maior impunidade na imposição de novas dificuldades, mais exploração e mais avolumadas injustiças. Sob o novo manto das dificuldades impostas pela crise agora descoberta pelo governo, germinam já novas linhas de ataque a direitos e habilidosas formas de apoio à acumulação de riqueza. Os quatro mil milhões de euros que os principais grupos económicos apresentam de lucro nos primeiros nove meses de 2008, dizem quase tudo sobre a crise, as dificuldades e os sacrifícios. E sobretudo sobre a natureza da política e as opções de classe que o actual Governo agora confirmou ser sua intenção prosseguir, na medida que a luta e a resistência dos trabalhadores e do povo o permitir.

ENTRE_SONS (9)

Zeca Afonso - "Traz Outro Amigo Também"
(videoclip)


Isto vai voltar_